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Channel: POETAS SIGLO XXI - ANTOLOGIA MUNDIAL + 20.000 POETAS: Editor: Fernando Sabido Sánchez #Poesía
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ÁNGELA MELIM [14.135] Poeta de Brasil

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ÁNGELA MELIM

Poeta y traductora. Nació en Porto Alegre año 1952. Vive en Rio de Janeiro.

Obra poética: As mulheres gostam muito (1970), O vidro e o nome (1974), Das tripas coração (1978), Vale o escrito (1981), Poemas (1987), Mais dia menos dia (1996).




De 
Heloisa Buarque de Hollanda 
Otra línea de fuego - Quince poetas brasileñas ultracontemporáneas. 
Traducción de Teresa Arijón. Edición bilingüe. 
Málaga: Maremoto; Servicio de Publicaciones, Centro de Edciones de la Diputación de Málaga, 2009. 291 p 



Cosas así, pardas

Canario, pato, chucherías
cosas así, nombres — Rita
cosas así pardas, mestizas
de pequeño porte
cosas de fibra
aunque de aspecto desvalido
cosas pardas vivas
pulsantes
un poema así.




Coisas assim pardas

Canário-da-terra, marreco, chinfrim
coisas assim, nomes — Rita
coisas assim pardas, mestiças
de pequeno porte
coisas de fibra
embora os jeitos desvalidos
coisas pardas vivas
pulsantes
um poema assim.




Mi tierra

De mi tierra quedó
el foso
estas raíces al aire
desarboladas
el temblor
buscando en vano.
Un estanque

frío
hojas oscuras.
Calle sin playa
río sin puerto.

Tunda de cinto
cresta baja.
El ojo — ¿azul de mi tierra?
Los vuelos
de Varig. Ciudades:
uniones, desenlaces.

Palabra en la punta de la lengua.
Nada es natal.





Álbum

Detrás del alambrado los azulejos
el verde opaco del cloro
la pileta de los bancarios
vos de piernas cruzadas
pasando crema
sonriendo.
El recreo colectivo
el descanso proletario
el minuto inmortal
que la instantánea congeló.
El examen obligatorio
para entrar al paraíso
la ducha con jaboncito
el médico de turno.
No me olvido, está en el álbum:
con un solo dedo de la mano
me derretías.




La paja del trigo
no se separa:

la unión hace
al misterio —tremendo—
tierra trigo paja buey
yountodo.




O trigo do joio
não se separa:
a união faz
o mistério —tremendo—
terra trigo joio boi
eumtoodo.




la cosa es ir haciendo, algo bonito, por placer y no, como salga,
como sea, mejor con palabras, puedo, pensar en T, pensar en comas,
en A, shockeado con el último poema, dice que es fuerte, escribir al tun tun
y mandar para que alguien, que yo conozca, que no conozco, lo reciba,
sacar Ia dirección de la guia, lo que venga, por correo, algo público,
circulando, Copacabana, Méier, Água Branca, leyendo; mandar por
correo, muestra si gustas.




negócio é ir fazendo, coisa bonita, de prazer e não, como der e
puder, com palavras posso melhor, pensar no T, pensar em vírgulas,
no A, chocado com o último poema, disse que é forte, escrever ao léu
e mandar pra alguém receber, que eu conheça, que não conheço, pegar
endereço no catálogo, o que aparecer, pelo correio, coisa pública,
circulando, Copacabana, Méier, Água Branca, lendo: mandar pelo
correio, mostre se gostar.



UM AMOR IMPOSSÍVEL

(para Márcia)


Amanhã
este fogo cresce.

Amanhã, tremor
Amanhã, suspiro.

Insiste
um amor impossível
amanhã.

Insiste,
sim.
Um amor impossível pode ser amanhã.




UM NAVIO

“Quanta paz em baixo, na raiz do mundo…”
(V. Woolf)


A solidão é um navio.
Só o que me move é a pá da solidão
o leme.
Se não gozo
suspiro
cristas suspensas
pedras de sal
fiapos de mar –
a maior boca
a mais
voraz.
Mas no seu fundo longínquo
âncora
os leitos de areia e seus lençóis limpíssimos
os peixes cegos
a paz.





RABO DE GALO

Medo com amor.
Um drinque.
Rabo de galo.
Ana, lembrei de você, do seu jeito.
Cada um é um.
Só si.
Associações, coincidências, perpasses…
estou procurando a palavra certa
para partes superpostas de duas esferas.
Interseção?
E solidão.
Ninguém.
Vai cobrir esse buraco, com flores do bem, com letras.
Taça, daí de beber.
O fraco é fundo acabou-se o mundo.
Morreu Diadorim.
Açoite, ricocheteia – estão erradas, não cabem aqui.
Em mim a paz passa depressa, assobia.
Eu peço que fique, imploro,
mas é assim, eu sei, amor e medo.





Com certeza
me segura
igual unha
meia lua
cabelo mínio
– pode voar
num sopro –
me segura pela cintura
as duas palmas macias
cala
aquela voz de longe, esguia
mulher cantando em alemão
a tela do rádio
bafejando com o som
aquilo cala –
não lembro se dormi
esta dor aqui, esta aqui
a mesma
– mola –
antigo martelo repetido o medo
me segura com certeza
para eu não
chorar.

(29.10.88)





MAIS DIA MENOS DIA

Ela fazia versos rimando hífens
— de tomara-que-cai azul-marinho —
mas me disse que não sabia onde acabava o poema.
Mais dia menos dia
dependendo da luz
transformado em cheiro um feixe me atravessa
(ou raio de outra coisa — montanha antiga, peixe,
que é fio
ou meada, idéia)
e a medalha apara
— Nossa Senhora do Loreto
protetora dos aviadores
no peito
ponto exato
que desata um rio
falso leito fofo
folhas decompostas
em poeirentas nuvens submarinas
morno em cima
em baixo frio.
Aí se pode morrer, é mole — um sino
fino, um dobre
um morro verde
o que não tenho
todo o ar do mundo.
Começa-se a morrer e um dia se termina.

1992
                



Para Mário

Ronca um motor:
uma viagem a céu aberto
estampa coqueirais
e azul.
Um inseto no sol —
asas —
bate o calor
DE Havana,
Aracaju.
É o verão que se abre.
Tarde, sorvete, amor, varanda
em taças de passado
a derreter.

(9.10.1986)




De 
Angela Melim 
DAS TRIPAS CORAÇÃO 
Florianópolis: Editora Noa Noa, 1978 




COISAS ASSIM PARDAS 

Para Eduardo 

Canário-da-terra, marreco, chinfrim 
coisas assim, nomes — Rita 
coisas assim pardas, mestiças 
de pequeno porte 
coisas de fibra 
embora os jeitos desvalidos 
coisas pardas vivas 
pulsantes 
um poema assim. 




MANIA DE LIMPEZA 

Raspa de limão 
cheira seco: 
assim 
a lua limpa 
alto relevo 
que a letra afixa 
no papel novo.



CICA 

Com sal 
ou com limão 
fazem-se versos 
precisos. 
Arde 
a ferida 
e cura.





MELIM, Angela. Poemas . Florianópolis, SC: Editora Noa Noa, 1987. Florianópolis, SC, 1987. 20 p. 16x23 cm. Composto e impresso manualmente na oficina da Noa Noa. Capa de Cleber Teixeira (utilizando desenho de Goethe). Tiragem: 250 exemplares.



DAS DUAS UMA

Para Ana C.

Uma das suas.
Suave lembrança ensina. Não vou morrer até o fim.
Der e vier de garras afiadas, dentes na mão.
Seu livro solta folhas enquanto leio um poema chupado -
você disse isso.
Mais doce na manga o coração: duas antigas.
Antigamente, eu me sentia mais nova do que sou.
Isto me faz lembrar outra frase à porta da igreja.
Esta casa qualquer coisa assim .
aqui está para todos os homens.
To see, to rest, to pray.
E eu também nem nada.
Morri sem saber quem são os 3.
Mas os outros grandes... descobri! São reticentes.
É você
que está ali de roupa clara sorrindo ou fingindo ouvir?
Alguns estão dormindo de tarde.
Coisa ínfima,
quero ficar perto de ti.



RAFAEL CORRECHER [14.136]

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Rafael Correcher

Nació en Valencia el 27 de Noviembre de 1962 y es diplomado en Relaciones Laborales por la Universidad de Valencia, (1998-2001).

Antologado en “Polimnia 222” del Aula Taller de la Universidad Politécnica de Valencia, en “Por donde pasa la poesía” de editorial Baile del Sol, en “En legítima defensa” de Bartleby editores, y en la antología sobre el haiku “Un viejo estanque” publicada por la editorial Comares. En el año 2008 obtiene el VI premio de poesía César Simón con el poemario “El azul de los lápices” publicado por la Editorial Denes. En 2009 participa en el proyecto itinerante “Artistas por la Declaración Universal de los Derechos Humanos”. Con el poemario “El nadador nocturno” (Editorial Germania, 2014) ha sido finalista de los premios LOEWE y Ciudad de Badajoz en sus ediciones del año 2012. Sus poemas han sido traducidos al italiano en la Antología " Buena Letra" editada por Commisso Editore en 2014.



NUBES

Son otras sendas de fugaz
espuma.
Dejan sus gestos
bajo el cuidado de los pájaros,
toman del sol tardío
luciérnagas sin rumbo.

Su movimiento, tan hermético, 
crea un nuevo paisaje:

esta cambiante geografía,
metamorfosis
en el escombro silencioso
de las alturas. 





ÚLTIMA CERTEZA

Jamás reconocemos 
la verdad que revela la locura
hasta que llega el alba 
del tercer día. 

Es como si la muerte
llevase entre sus manos
una navaja abierta
con tu nombre
sólo por el placer de recordarte. 




VI 

La voz de los semáforos.

Un destello que ignoras,
esqueletos de luz
bajo la lluvia.



IV

Las moscas,
en su exilio de sal,
tejen las redes
del pescador.



V

La mañana es un hilo 
que no penetra 
el ojo de la aguja de tus sueños. 





PARADISE NOW

(Palestina 2008)


No es posible que seas sólo polvo.

Para qué te ha creado
ese dios
sino para ser mucho más que rastro
bajo vientos que encuentran su paisaje
oculto cada día en las arenas.

Cómo puede negarte
sus ojos para ver morir el sol
justo cuando los surcos
del camino atraviesan tu inocencia.

Inquieta no saber decir lo exacto,

el dolor huele a sal,
es una nube densa, no deja de crecer
en las espinas.

Y sin embargo vives como un punto de luz,

bajo tus puentes gritan
los frutos invernales del olivo. 






Lisboa

Las calles de Lisboa 
son como un acordeón desvelado,
un gato taciturno
y una anciana que espera
en esta oscuridad de sus pasajes;

mirar al suelo o mirar lejos,
no ver nada salvo un bastón de luz,
entonces descubrir el sol;

la solitud aquí
nunca será un árbol sin hojas
sino sueños veloces
o tranvías pintados de amarillo;

y tú y yo somos hoy, en la ciudad,
un trepar de escaleras;
no disfraces, palabras. 

Una vez y su intento;

otra inmensa pregunta,
tan sólo dos respuestas.





Sobrevivir
(XXV)  

Para sobrevivirte es necesario
pensar
todo de nuevo,

utilizar
las frases más valiosas de los locos,
hacer de su escritura travesía,
vela nocturna,

acomodarse siempre
a la distancia y a la noche,
desdeñar el agua quieta
en los sudarios,

y, sobre todo,
abrigar
con las palabras vírgenes
la dolorida piel de los mártires

                       



AGUA

Porque el agua carece de memoria
reparte sus sentidos,
busca tras los espejos
discretos minerales
como la plata antigua de los peces.

Y todo para qué
si el iris,
presencia última,
ya descubre en el ámbar de las gotas
el aliento sin fondo de la lluvia.

Los ojos tan abiertos en este jardín líquido
son labios sin pasado.

Y volverán de nuevo
los nombres que no olvidan,
porque en el agua
desconocen lo frágil,
sólo cubren las cosas, erosionan
con transparencia nueva
lo inútilmente frío.






El nadador

Te gustarán los minaretes,
las cúpulas brillantes
al sol, que no conoces.
No mires mis pies sucios
mientras atravesamos este río
de azul mecánico.
Razones algebraicas tus brazos y mis brazos.
Alambre maleable, la nube taciturna
tiende sus redes.
Tengo la boca sin perfil.
Mi tiempo está vacío.
Mi casa sola.








ANTONIO CUBELOS MARQUÉS [14.137]

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Antonio Cubelos Marqués

Ponferrada (León), 1974

Libros publicados:

-La mitad de la luz. Ediciones Vitruvio. Col. "Baños del Carmen". Madrid. 2009
-Julia, agosto, septiembre.  Ediciones Vitruvio. Col. "Baños del Carmen". Madrid. 2013





De La Mitad de la Luz


La Casa Oscura 

Es la justa certeza 
de estar sólo ante el mundo 
hay tanta gente que huye, 
que sostiene 
después de tanto tiempo 
una excusa en las manos. 

Es la justa certeza 
Esa llamada que nunca recibimos; ese dolor 
de los espacios hostiles. 

Porque no hay refugios 
sino tan sólo pronósticos. 
Esta necesidad de luz. 

La casa oscura, el niño 
que todavía ama. 





Dados (de hielo) 

El juego de conversaciones repetidas
de ojos negros al fondo
de los bares
el instante aquel
el horizonte crítico de las esperas
y una vuelta a casa
con el miedo a los cuerpos
de la noche

              Qué fácil

el vacío
Sonríen algunos ángeles
caminando de espaldas

El deseo
es contundencia también

Y el olvido

tu mayor fortuna.






Ángel

Hay quienes piensan que es 
como el viento, 
como la súbita luz 
en la tormenta 
al final del verano: no sabemos 
y nunca 
durará en la memoria. 
Solamente una vibración, un aleteo; 
acaso, el fulgor 
de un aliento, unos cuantos pasos 
más atrás. En la luz aún palpitante 
del abismo, al fondo en la pupila, 
es el más solitario. 
Es solamente un guerrero; 
conducido por el ardor 
y la resurrección. 




Epílogo 

Hubo más muertos.
La fe pública en silencio esperaba 
al borde en los caminos. 
Pero no hay tiempo; 
hay nieve negra cayendo en las palabras. 
Y aquí, alzada la memoria, 
derribo el corazón 
buscando 
para nunca jamás el paraíso. 





(regreso a Es Baluard)

Como un juego, medirse
en las alturas: frente al mar
-aquella lámina- buscar equivalencia
en la marea, las mismas piezas
en un orden distinto. El aire
no es demasiado cómplice: esparce
solamente brasas, rescoldos
llamemoslos fugaces, que arden
todavía al azar, que lo alimentan,
contra toda lógica,
avivando
una neblina densa, un dispersar ciego
sin acaso ambición. La ciudad, mientras,
se oscurece en su historia, encuentra
laberintos nuevos, nuevas paradas
donde cerrar los ojos. El orden,
nunca escrito,
se cuela por los poros
de la piel. Por ello,
otra forma de estar, de asumir
el presente: como el agua
la misma dictadura;
mirar, sin tanto vértigo,
la costa modelada
a su capricho.


(De "Julia, agosto, septiembre)





Caminar descalzo 

Es la hora 
de las puestas de sol, 
el deterioro de un ritmo 
lleno de fotos fijas. 
El tiempo pasado es nítido; 
madurado en la boca, 
el tiempo, concebido sin música, 
puede imaginarse 
adherido a la piel. 
Derraman 
fragilidad las horas. 
La luz, no complaciente, 
a la que llaman costumbre. 
Los párpados, las cortinas abiertas, 
dejan pasar la brisa. Cualquier 
pensamiento ahora 
tiene olor a madera. 
Caminar descalzo 
por un suelo ya antigüo: también 
la memoria cruje; 
y da confort.





En otra memoria

Sin lazo alguno 
este tiempo se agota 
como en fotos 
no reveladas por la lejanía 
pero sí en otra memoria 
de quienes pudimos ser 
aquí 
sin desatarnos.






Nunca 

Nunca ha cesado 
en realidad, sigue ahí, 
el silencio, solo esa charca 
sucia, que nunca 
desemboca. Sigue ahí. 
Alimentada 
de sí misma, engullendo 
cadáveres de ruidos, risas, 
pieles. En sorda 
o pesada digestión. Nunca 
un lugar maloliente 
tuvo un nombre 
tan claro: 
memoria.





Huellas en el bosque
                                          
Las huellas en el bosque son el hambre,
son deseo, tal vez, de una manzana,
el animal herido es solo un fruto.

Mientras tiemblan las hojas todo ocurre:
si resbala la sangre es ya de noche,
si alcanzase hasta el día era poema.





Acuérdate

Mira por la ventana, y aprende
de la lluvia: tantas gotas
iguales, cayendo
en la misma dirección,
no pueden estar equivocadas.

Observa este aire limpio,
el sendero del agua 
que dura 
entre los charcos; mira
este suelo brillante donde pisas.

Como si la calle
se asomara a tus ojos, apenas
por primera vez.

Acuérdate de esto; ese mar 
de tu infancia,
los ríos de juventud,
tienen el mismo origen:

el más tormentoso
de los días.



ARGEMIRO PULIDO [14.138] Poeta de Colombia

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Argemiro Pulido


Santa Cruz de Motavita - Boyacá, Colombia  1953. Realizó sus estudios secundarios en la Escuela Normal Nacional de Tunja y universitarios en la Universidad de La Salle y en la Santo Tomás de Bogotá. A través de su trabajo como docente se ha dedicado a la promoción de la lectura y la escritura con estudiantes y docentes. Fruto de esta actividad es el libro Lectura, escritura y autonomía.
Su trabajo poético está condensado en los libros: Desde esta esquina, Poemas de luz y sombra (Común Presencia Editores) y En contraespejo.

Actualmente se desempeña como docente de la SED Bogotá. Además, forma parte de la Academia Boyacense de la Lengua.




Poemas de luz y sombra  – Argemiro Pulido
96 pg. 2014. Colección Los Conjurados



DE TODOS MODOS

A Eduardo Esparza

Por destapar la caja de las causas
me han golpeado la risa en un costado
desde la orilla opuesta de la plaza.

Pero no me evaporo
ni me achico.

Podrán hacerme trizas los anteojos
golpear mi perspectiva en la cabeza
herir mi corazón en su ternura
romper algunos huesos de mis peros.

Igual hubieran roto mis cometas
mis ochos dientes
mis tozudas alas
La piedra cotidiana no hace acuerdos
con el axioma que retoña en giro.

De todos modos estarán mis manos
con cualquier herramienta inverosímil
nacida de los vientos de mis búsquedas
abriéndole ventanas a la niebla

y escribiendo su historia en las miradas.






Ciudad en desencuentro

Cómo me cuesta reconocerte esta mañana
esta tarde este ritmo esta vuelta.

Cómo entras en mi estancia
opuesta desmentida
encinta de agua turbia de miradas de aves de rapiña
y de otras que me cercan con sus garras
en los recodos de los desencuentros.

En diagonal me invaden las casas sin ventanas
los nudos sin corbata las esferas sin centro
los loteros sin suerte los estruendos sin madre
las horas de la noche masticando en la esquina
sus lívidos destinos
y el día
el pleno día
deambulando sin frente en ciclos amarillos
de infinitas esperas.

Imposible identificar tu verdadero rostro
en el poliedro irregular de tus presencias.

Qué sensuales tus formas vestidas con el eco
de mañanas exóticas y cuentas de modales
de oblicuas pedrerías
Tan guapa en las postales
tomadas al bolate en ángulos cerrados
Tan moral en los libros y textos escolares.

Hábil te pavoneas en palabras azules:
bienestar paz progreso orden
siempre en promesa.

Y sin embargo el aire que respiras no vuela
ni tus flores de plástico engendran la alegría.

Detrás de tu sonrisa viven tantas ausencias.

Ciudad
gris laberinto donde unos hombres ciegos
en busca de la vida
cavan siempre a deshoras
su tumba en pleno pecho.

Ciudad
sarta de cabos.

Cómo eres en la mesa de los que te prescriben
cómo en la banca rota de los que te desean.

Ah ciudad
mi ciudad.




JULIO CÉSAR GOYES NARVÁEZ [14.139]

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Julio César Goyes Narváez 

Nació en Ipiales, Nariño, COLOMBIA. Docente investigador del IECO de la Universidad Nacional de Colombia donde dirige Quinde Audiovisuales: Morada al sur, beca de artes visuales (1999), El pacto (2003), Carros alegóricos (2009), La semana del diablo, beca DIB (2011) y Viaje a la claridad (2012).
Ha publicado: Tejedor de instantes (SMD, 1992); Imago silencio, premio de poesía Sol de los Pastos (1997); El rumor de la otra orilla, premio de ensayo Morada al Sur (SMD, 1997); El eco y la mirada, beca ICI, España (Trilce, 2001); Imaginario postal (SMD, 2010); Nubes verdes para una ciudad gris (Caza de Libros, 2010); La escena secreta, premio Obra selecta de la Universidad Nacional (2011) y La imaginación poética (Caza de Libros, 2012). Aparece en las antologías: Artesanías de la palabra (Panamericana, 2003) y Desde el umbral (UPTC-SMD, 2004). 
Cofundador de la corporación literaria Si Mañana Despierto y miembro de la asociación cultural Trama y Fondo de España. 




Arrayán- Julio César Goyes Narváez
Colección Los Conjurados


I.

Los desengaños se esfuman con el alado sueño. Más allá está el espacio mudo del rito en los geranios, la precisión del instante en que todos los quindes del mundo pican una flor y olvidan el vuelo. 



Tus diminutos ojos miran absortos la constelación en la que habitas, el jardín en penumbras que te escolta. 


Cual dios borracho te dejas estar en el goce que ya fue y el silencio de lo que no podrá ser. Rezongo en el vaivén de la memoria, búmeran del tiempo, dardo; tominejo íngrimo oculto en las materas de la infancia, chasqui del fuego; Luli revoloteando en las flores de la chagra y el arrayán que cura heridas.

Visitante de los escobillones rojos del barrio, inquilino desvelado que te lluspes con el mensaje iridiscente, déjanos ver el código, regálanos una señal para descifrar esa extraña flor que vive abriéndose al fracaso de toda realidad.




NUBES VERDES PARA
UNA CIUDAD GRIS


Danza en la cintura

Recorres las habitaciones convocando la nostalgia
de los retratos.
Observas el camafeo, los libros, los vídeos;
el cielorraso de estalactitas infinitas
Miras la mujer elegante de Hopper vestida de rojo,
la que cultiva una ilusión en una mansión sin nadie.
Le echas un ojo al drama geométrico de la pared,
Malevich o Mondrian están sin duda convocados.
Te paseas por la alcoba y haces el ademán
de la cama destendida bajo la mirada sesga
de una presentadora de televisión.
Entras al baño que luce impecable,
te aproximas hacia el espejo, te vas de foco.
Regresas al sofá y enciendes otro cigarrillo,
el aire en borlas anuncia una música frenética:
Tihuanaco abre sus puertas y el sol danza con la luna.
Te concentras con el mejor golpe seco que puedes
y ante tus ojos se yergue una de «las señoritas de Aviñón»,
la danza ha comenzado en su cintura.





Amantes con piano

Los amantes suben por las escaleras,
pasillos con espejos levantan acta de sus cuerpos.
La cortina roja destazada por la luz
hace juego con la cama desteñida que aguarda.
En la habitación hay un olor a detergente
que blanquea el sueño, a insomnio
que la palabra agota.
La mirada da a la calle vacía,
la radio al piano de Duke Ellington.
El soslayo  de los rostros y esa sensación
de querer morir sin prisa,sin lamentos.






Una muerte menos pasajera

La escena falaz espera la risa del rebaño
y aunque gastes la vida negando tu parecido con la muerte,
ella jamás te ignora.
No se puede olvidar a una amiga por estas calles de jolgorio,
ni evitar la mirada a esos charcos sin fondo,
a esa voz arrastrada por tarros de pasión.
Las noticias de comunidades mutiladas se descargan
entre toallas higiénicas y farándula de televisión.
Ve a los teatros o al lugar que te plazca.
Circula.
No te derrames sobre cualquier baldosa,
no permitas que te pisen los talones.
Circula.
Ve a encantar mañanas con el tinto de tus ansias,
con las uñas de tus creencias.
Circula.
No huyas de tu sombra; ella no te persigue, te acompaña,
pegada a tu cuerpo se esfumará también cuando te vayas.
Circula.
             Circula.

Circula.
Ensaya toda la noche una forma de morir menos pasajera




Agua que se cuela

Fíjate bien en ese poste íngrimo que desata sombras,
en ese amarillo de la cafetería y su cesta de colores.
Fíjate en el semáforo que pica el ojo
y en ese mundo de trombones que se descarga
en la calle de repente.
Es mágica la noche de hormigón cuando ha sedimentado
en sus confines curiosos pájaros,
sutil esperma entre el agua que se cuela.
A esta hora los árboles levitan con el viento de los cerros
y la luz se crispa llenando de gotas los jardines.
Es mágica la noche en su melodrama de hoja vencida
o tinta de lapicero que se agota,
mágica la vida que regresa entre calles eróticas
y la sangre de seres que perecen:
briznas que a contraluz en la ventana crecen.
Afuera está la hierba mojada del parque y sus estrellas,
adentro una pareja en trance se despoja.





Imago silencio    Poemas
 

 
 Cuánto deseo llevan sus aguas esparcidas
en los senos más salvajes,
echando raíces para que árboles y hombres
crezcan en medio de la sed y el olvido.

A orillas de un vado claro juega el amor
y hunde en la noche su quejido clandestino.

Guáitara es palabra que mira,
son que cura, ojos que hablan,
voz trasnochada de silencio entre las ramas.

No se sabe dónde rasgan sus guitarras,
ni cómo retorna al origen de todos los días.

 

 


Eres uno de tantos callejeros
que soporta la llovizna tácita de una ciudad
que no doblega su humeadora de dicha.

Muestra tu flor,
aquella cristalina cancion
empujada por los que ya han partido.
Destrenzada calle mirándose en los colores
de la tarde tímida,
linda comandando enjambres.

Presiento tu decir en un blanco papel:
regálame las formas de tu silencio
morena aparecida, tal vez entre los dos
surja el color de algún destino.

 


 

Nadie de los invitados a esta escena escucha otra musica,
preocupados por responder olvidan quién es quién
en esta mesa inmensa.

Todos convidados contados los que asisten,
incluso temerosos degluyen sus dones.

¿Y este dolor de potentados e indigestos?

Cada comida tambien lleva su patíbulo.

 



En los confines del dormitorio
una trucha coletea en las manos que festejan
la suerte de sus cuerpos:
el anzuelo esconde secretos
en el vientre de las aguas.

El jaguar ruge la desgracia de un venado
en la altura de los cerros:
su victoria cubre algo
a la hora de los sacrificios.

Una rana salta a la orilla del lago:
su dicha oculta algún retorno
a la tierra del relámpago.

Despoblada de ríos se levantan ciudades audaces,
mujeres estertoran en los brazos de sus hijos,
escombros que ladran la suerte
de un raro país volcánico.

Los hombres guardan su cinico secreto
en la hondura de un amor que no comprenden.

 







SASKIA HAMILTON [14.140] Poeta de Estados Unidos

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Saskia Hamilton

Nacida en Washington, DC, Saskia Hamilton obtuvo una licenciatura en el Kenyon College y una maestría en la Universidad de Nueva York. 

Sus poemarios: 

New and Selected Poems (2005), Divide These (2005), and As for Dream (2001). She coedited Words in Air: The Complete Correspondence Between Elizabeth Bishop and Robert Lowell (2008) with Thomas Travisano and edited The Letters of Robert Lowell (2005). Her work also appears in the anthology Joining Music with Reason: 34 Poets, British and American (2010). 




EMPIEZA A LLOVER

Mi amigo, uno de los cuatro jinetes del apocalipsis,
es capaz de divisar a los otros, "poniéndonos en peligro".
Nos dirigimos al Seven Stars a beber algo.
Los parroquianos se desparraman con la noche,

en la acera florecen las camisas blancas.
Luego los teléfonos, todo sonrisas, y los desastres
desaparecen, y ambos dejamos de llevar la cuenta,
y yo escucho, y empieza a llover, y nos devuelve

a la habitación cargada y ruidosa, húmeda de cerveza,
donde los abogados debaten las conclusiones
del día y él aún podría aparecer, creemos.

(Corridor, Graywolf Press, 2014)
(Traducción de A. Catalán)




UN ENSAYO SOBRE LA PERSPECTIVA

Yo deseaba leer un ensayo en su muñeca.
La tarde era interminable. Desde la ventana,
un sendero a la derecha se curvaba a lo lejos,
arrastrando con él a la figura que descendía.
Solo durante un cuarto de hora,
planeando, urdiendo el argumento
que beneficiara a la retórica, se me reveló
la verdad, pero fue efímera —
uno de nosotros tiene que hacer un cambio
para que nuestros problemas sean definidos y reducidos a la mitad.

Versión de Carlos Alcorta





RAIN BEGINS

My friend, one of the horsemen of the apocalypse,
can spot the others far off, “insecuring our condition.”
We repair to the Seven Stars for a drink.
Members of the bar spill out with evening,

the pavement blossoming with white shirts.
Then he phones in, all smiles, and disasters
vanish, the both of us stop counting them,
and I listen, and rain begins, sends us back

to the close and noisy room, humid with beer,
where the lawyers argue away the day’s
arguments and he might still show, we think.





On the Ground

When the collie saw the child
break from the crowd,

he gave chase, and since they both
were border-crossers,

they left this world.
We were then made of—

affronted by—silence.
The train passed Poste 5, Paris,

late arrival, no luck, no
enlarging commentary

magnified in any glass.
“The ineffable

is everywhere in language”
the speaker had said

in the huge hall where
I sat amongst coughers,

students, in the late
February of that year,

at the end of a sinuous
inquiry on sense and sound—

“and very close to the ground,” he'd said.
Like mist risen above

the feet of animals
in a far field north of here.





Zwijgen

I slept before a wall of books and they
calmed everything in the room, even
their contents, even me, woken
by the cold and thrill, and still
they said, like the Dutch verb for falling
silent that English has no accommodation for
in the attics and rafters of its intimacies.








HANNAH SANGHEE PARK [14.141] Poeta de Estados Unidos

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HANNAH SANGHEE PARK

Nació en Tacoma, Washington y obtuvo un BA de la Universidad de Washington y un MFA de Taller de Escritores de Iowa. Es la autora de Ode Days Ode (Catenary Press, 2011). Ha recibido becas y premios de El Programa Fulbright, 4Culture, Iowa El Arts Council / Fondo Nacional de las Artes, y MacDowell Colony. Su trabajo ha aparecido en diversas revistas y publicaciones, incluyendo LVNG, Poetry Northwest , and Best New Poets 2013. En 2014, ganó el Premio de la Academia Walt Whitman American Poets. 

Park vive en Los Ángeles, donde trabaja en Writing for Screen & Television Program at the USC School of Cinematic Arts.





OTRA VERDAD

Estaba hambriento en una
isla. Comeré
lo que quieras.

Comeré cualquier cosa
que dejes. Era
mentira, pero lo

haría. Te cuento
verdades a medias. Digo mentiras
piadosas cuando

me preguntas, me preguntas
demasiado. Supongo
que estás de acuerdo.

Respondo a sus preguntas con
otra pregunta. Te pregunto cuando respondes.

Versión de Carlos Alcorta




LA CUENTA DEL ZORRO EN MAYO

El beso es, estrictamente hablando, una cosa
de dos: la saliva de su boca en la de él,
fusionándose, hasta la náusea, y los chicos que vivieron
y murieron por esto. La chica encantadora acumulando

noventa y nueve espíritus, y con la moral alta
para devorar cantidades más altas. Una vez
que ha llegado el centésimo chico comienza la cacería
en su lugar favorito, la ladera de una colina llena

de Artemisia absinthium.
Y cada día que se besaban para intercambiar saliva
y durante un mes él menguaba y menguaba

y cuando se enteró de la verdad sobre su lengua,
escupió su saliva: su verdadera forma, un zorro de nueve
colas que podría haberse convertido en humano, si lo hubiera besado.

Versión de Carlos Alcorta
https://carlosalcorta.wordpress.com/




And a Lie

The asking was askance.
And the tell all told.
So then, in tandem,

Anathema, and anthem.
The truth was on hold,
Seeking too tasking.

And the wool was pulled
Over as cover.
No eyes were kept peeled.

My iris I missed
The truth, now mistrust
All things seen, and this

Distrust, the sounded distress signal
Called and called and culled from your damsel.





Norroway in February

The glassy hill I clomb for thee

For surefooted step, hooves behoove the haver.
The sky redid blue, the woman wavered,

and the black bull (the vanquisher), vanished.
She called out to nothing, and in vain shed

tears until she reached the glass hill's impasse.
Served her standard fairy tale penance, passim ,

served her seven to be given iron
shoes to — at last — scale the hill, the earned

neared end. Each step conquered territory,
at last, the sleeping prince-once-bull, torrid tearing

of clothes, tearing on one's clothes, three nights of this
until the prince awakes. How she, exhausted,

must have felt in the at long last, the ever after.
Happily, I guess, but a long time until laughter.




The Fox Bead in May

The kiss is, strictly speaking, a passing
of of twice: a bead from her mouth to his,
then back, ad nauseam, and the boys who lived
and died for it. The lovely girl amassing

ninety-nine spirits, and in high spirits
for consuming her highest amount. Once
the hundredth boy arrived she starts her hunt
in her haunt, a hill's field filled with fitting

Artemisia absinthium.
And every day they kissed to swap the bead
and for a month he waned and wans

and when he learned the truth about her tongue,
he downed the bead: her true form a nine-tailed
fox who could have turned human, had he kissed on.







GERALD STERN [14.142] Poeta de Estados Unidos

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Gerald Stern 

(1925, Pittsburgh, Pennsylvania, Estados Unidos de Norteamérica)

BIBLIOGRAFÍA

POESÍA

The Naming of Beasts, Cummington Press (Omaha, NE), 1972.
Rejoicings: Selected Poems 1966-72, Fiddlehead Poetry Books (Fredericton, New Brunswick, Canada), 1973.
Lucky Life, Houghton Mifflin (Boston, MA), 1977.
The Red Coal, Houghton Mifflin (Boston, MA), 1981.
Paradise Poems, Random House (New York, NY), 1984.
Lovesick, Perennial Library (New York, NY), 1987.
New and Selected Poems, Harper, (New York, NY), 1989.
Leaving Another Kingdom: Selected Poems, Harper (New York, NY), 1990.
Bread without Sugar: Poems, Norton (New York, NY), 1992.
Odd Mercy: Poems, Norton (New York, NY), 1995.
This Time: New and Selected Poems, Norton (New York, NY), 1998.
Last Blue: Poems, Norton (New York, NY), 2000.
American Sonnets: Poems, Norton (New York, NY), 2002.
Not God after All, drawings by Sheba Sha, Autumn House Press (Pittsburgh, PA), 2004.
Everything Is Burning: Poems, Norton (New York, NY), 2005.
Save the Last Dance: Poems, Norton (New York, NY), 2008.
Early Collected Poems: 1965–1992, Norton (New York, NY), 2010.
ESSAYS
Selected Essays, Harper, (New York, NY), 1988.
What I Can't Bear Losing: Notes from a Life (essays), Norton (New York, NY), 2004.
What I Can’t Bear Losing, Trinity University Press (San Antonio, TX), 2009.
Also author of "Father Guzman," a long poem published in Paris Review, spring, 1982. Contributor to anthologies; contributor to poetry journals and popular magazines, including New Yorker, Nation, Paris Review, Poetry Now, American Poetry Review, and Poetry.



Traducciones de: José de María Romero Barea


El mordisco 

No empecé a tomarme en serio como poeta
hasta que el pelo blanco empezó a asomar en la barbilla.
Antes todo era diversión y afecto;
ahora, como una liebre, una liebre, una liebre
veo a la tortuga alzar su horrenda pata
sobre el último escalón por subir antes de 
volver a casa, henchida de ventaja. 
    De pronto, todo parece venir de arriba, de la mente, 
    la belleza de la carrera ha desaparecido. 
    y mi vida es apenas una alegoría. 




La fuerza de los arces

Si quieres vivir en el campo tienes que entender la fuerza de los arces. 
Tienes que verlos hundir sus dientes en las raíces de las viejas acacias. 
Tienes que verlos ahogan a los sicomoros hasta dejarlos sin aliento. 
Tienes que verlos llevar su gruesa cabellera hasta el sótano. 
     Y cuando cortes tu fabulosa vara verde para pescar 
tienes que estar listo para verla brotar entre tus manos; 
tienes que clavarla en la tierra como un trozo de sauce; 
tienes que plantar tu mesa bajo sus hojas y empezar a comer. 





Recuerdo a Galileo

Recuerdo a Galileo describir la mente
como un trozo de papel que el viento arrastra, 
y me encantó la imagen de este pegándose a un árbol
o saltando al asiento trasero de un coche, 
y durante años he visto papeles volar a través de mis ciudades;
pero ayer vi que la mente era una ardilla  atrapada al cruzar
la Ruta 80 entre las ruedas de un camión gigante, 
bailando de un lado a otro como una delgada hoja, 
o un hilo asustado, apenas dos segundos de vida
sobre el hormigón blanco antes de escapar, 
la vida acortada por todo aquel terror, su cabeza
que tiembla, los dientes amarillos pulverizados. 

Fue la velocidad de la ardilla y su cercanía al suelo, 
su enorme resolución y la agilidad de su danza
lo que me enseñó la diferencia entre ella y el papel. 
El papel será útil en teoría, cuando haya tiempo
de sentarse en una silla de metal a estudiar sombras;
pero para esta vida yo necesito una ardilla,
sus patas acabadas en garras extendidas, su alma trémula, 
el viento cálido que corre por su pelo, 
el fuerte ruido que la hace temblar de la cabeza a la cola. 
     Oh mente filosófica, oh mente de papel, necesito una ardilla
que con su salvaje carrera consiga cruzar la autopista, 
que suba a toda prisa la verde ladera desgobernada. 





St. Mark's

Aún como niño, ¿no?
Trepar por una escalera de hierro, 
discutir con algún Igor
sobre la cerradura rota, 
dejar que la cabeza cuelgue sobre el fregadero, 
enjuagar el cuello con agua fría. 

Como un lobo, ¿no fue así?
o una paloma que nunca morirá. 
Leer a Propercio, pisotear 
las estrellas más altas, 
obligar a mis manos a unirse, 
tocar la fila de cubos de basura cubiertos de nieve. 

Con el lomo hundido, ¿no fue así?
Arrastrar mis pies mojados
de un parque a otro. 
"Atenuado por el salpicar consumado del tiempo", 
¿no?
Tulipán de la selva rosa. 
Rojo y amarillo tulipán henchido y lavado por la lluvia. 





Lavanda

A Karl Stirner

Sólo por experimentar estoy quemando la lavanda
y olfateando el aire porque si sólo la desmenuzara 
el aroma, aunque embriagador, no llegaría 
más allá de treinta o cuarenta centímetros y es más los 
tallos apenas soltarían olor mientras que las 
llamas hacen que todo aflore aun cuando 
acaban con los demás aromas, en este caso a menta y 
a las penurias arqueadas bajo tu ventanal francés donde
yo voy de un lado a otro llorando por la culpa del humo
y gimiendo por la bolsita de aroma que nunca tuve
y por la caja llena de seda, por ser yo tan enemigo. 







Apocalypse

Of all sixty of us I am the only one who went 
to the four corners though I don't say it
out of pride but more like a type of regret,
and I did it because there was no one I truly believed 
in though once when I climbed the hill in Skye
and arrived at the rough tables I saw the only other
elder who was a vegetarian--in Scotland--
and visited Orwell and rode a small motorcycle
to get from place to place; and I immediately
stopped eating fish and meat and lived on soups;
and we wrote each other in the middle and late fifties
though one day I got a letter from his daughter
that he had died in an accident; he was
I'm sure of it, an angel who flew in midair
with one eternal gospel to proclaim
to those inhabiting the earth and every nation;
and now that I go through my papers every day
I search and search for his letters but to my shame 
I have even forgotten his name, that messenger
who came to me with tablespoons of blue lentils. 





Swan Song

A bunch of old snakeheads down by the pond
carrying on the swan tradition -- hissing
inside their white bodies, raising and lowering their heads
like ostriches, regretting only the sad ritual
that forced them to waddle back into the water
after their life under the rocks, wishing they could lie again
in the sun

and dream of spreading their terrifying wings;
wishing, this time, they could sail through the sky like
horses,
their tails rigid, their white manes fluttering,
their mouths open, their sharp teeth flashing,
drops of mercy pouring from their eyes,
bolts of wisdom from their foreheads. 





The Dancing

In all these rotten shops, in all this broken furniture
and wrinkled ties and baseball trophies and coffee pots
I have never seen a post-war Philco 
with the automatic eye
nor heard Ravel's "Bolero" the way I did
in 1945 in that tiny living room
on Beechwood Boulevard, nor danced as I did
then, my knives all flashing, my hair all streaming,
my mother red with laughter, my father cupping
his left hand under his armpit, doing the dance
of old Ukraine, the sound of his skin half drum,
half fart, the world at last a meadow,
the three of us whirling and singing, the three of us
screaming and falling, as if we were dying,
as if we could never stop--in 1945--
in Pittsburgh, beautiful filthy Pittsburgh, home
of the evil Mellons, 5,000 miles away
from the other dancing--in Poland and Germany--
oh God of mercy, oh wild God. 






Behaving Like a Jew

When I got there the dead opossum looked like
an enormous baby sleeping on the road.
It took me only a few seconds—just
seeing him there—with the hole in his back
and the wind blowing through his hair
to get back again into my animal sorrow.
I am sick of the country, the bloodstained
bumpers, the stiff hairs sticking out of the grilles,
the slimy highways, the heavy birds
refusing to move;
I am sick of the spirit of Lindbergh over everything,
that joy in death, that philosophical
understanding of carnage, that
concentration on the species.
—I am going to be unappeased at the opossum’s death.
I am going to behave like a Jew
and touch his face, and stare into his eyes,
and pull him off the road.
I am not going to stand in a wet ditch
with the Toyotas and the Chevies passing over me
at sixty miles an hour
and praise the beauty and the balance
and lose myself in the immortal lifestream
when my hands are still a little shaky
from his stiffness and his bulk
and my eyes are still weak and misty
from his round belly and his curved fingers
and his black whiskers and his little dancing feet.

Originally published in Lucky Life (1977)




Underground Dancing

There’s a bird pecking at the fat;
there’s a dead tree covered with snow;
there’s a truck dropping cinders on the slippery highway.

There’s life in my backyard—
black wings beating on the branches,
greedy eyes watching,
mouths screaming and fighting over the greasy ball.

There’s a mole singing hallelujah.
Close the rotten doors!
Let everyone go blind!
Let everyone be buried in his own litter.

Originally published in Lucky Life (1977)






I Remember Galileo

I remember Galileo describing the mind
as a piece of paper blown around by the wind,
and I loved the sight of it sticking to a tree
or jumping into the back seat of a car,
and for years I watched paper leap through my cities;
but yesterday I saw the mind was a squirrel caught crossing
Route 80 between the wheels of a giant truck,
dancing back and forth like a thin leaf,
or a frightened string, for only two seconds living
on the white concrete before he got away,
his life shortened by all that terror, his head
jerking, his yellow teeth ground down to dust.

It was the speed of the squirrel and his lowness to the ground,
his great purpose and the alertness of his dancing,
that showed me the difference between him and paper.
Paper will do in theory, when there is time
to sit back in a metal chair and study shadows;
but for this life I need a squirrel,
his clawed feet spread, his whole soul quivering,
the hot wind rushing through his hair,
the loud noise shaking him from head to tail.
   O philosophical mind, O mind of paper, I need a squirrel
finishing his wild dash across the highway,
rushing up his green ungoverned hillside.

Originally published in The Red Coal (1981)





ILIANA ROCHA [14.143] Poeta de Estados Unidos

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Foto: Eduardo Corral


ILIANA ROCHA


(EE.UU.)
La obra de Iliana Rocha ha aparecido anteriormente en Puerta del Sol y Yalobusha Revisión. Obtuvo su maestría en la poesía de la Universidad Estatal de Arizona, donde fue editor de poesía de Ferry Revisión de Hayden. Enseñó composición y retórica en el Estado de Arizona y la escritura del desarrollo en South Mountain Community College. 

Premio de Poesía Salón Donald Winner, Iliana Rocha es estudiante de doctorado en la UFM y es directora asistente en el centro de la escritura de Western. Su libro karankawa se dará a conocer el próximo otoño.



ME VOY

Y el cielo se rompe en claveles grisáceos
después de 120 días de sequía, mientras que la arena de cuarzo se curva
sobre sí misma imitando una ola.
Me voy y las montañas están arrugadas
y dúctiles como una bolsa de papel marrón transpirable que contiene
un galón de leche y plátanos. Dejo las montañas
con la huella de desaliñados graffiti, tatuajes:
«Me encantó». «Nunca estuve aquí».
Dejo la puesta del sol, velas rojas y blancas sobre una estantería de madera
por horizonte, quemándose hasta que sus cabos
se han agotado. Dejo correr su tinta naranja,
a medida que se consume. Me voy y pienso en ti huyendo,
ahora conmigo en algún lugar del cielo, brillando con
la aureola invisible de la tierra.

Versión de Carlos Alcorta





LA ESTRELLA

Cuando la Estrella Polar descienda, mi abuela
llorará en el centro de la tierra, su pena
un telescopio gigante

expandiéndose
a través del manto, la litosfera, la corteza
—un grito.

En su mano, un espejo de obsidiana pulida
—la reacción de la lava con el agua. En su mano, reflejos:
una serpiente emplumada,

una mandíbula,
un rosario,
el espíritu del cardo,
frambuesas y berilio de plata,
lluvia congelada.

Cuando fue su marido, era el tablero de la Güija,
sus hijas dando vueltas
al ojo imperial.

Cuando llegó el huracán, estaba en el ático
de su casa
su canario Pepito, el pájaro
que guardaba en su jaula, incluso después de muerto.

Ella conservará la estrella también,
cuando muera,
convertida en polvo

la pondrá en la garganta
de su pistola,
toserá en el cielo.

Versión de Carlos Alcorta




ELEGÍA 2

Hay una máquina perforando la tierra.
Los ángeles rodean
el lugar como buitres, curiosos
y hambrientos, lloran la desecación
de una charca. Un cúbito
condujo a los investigadores aquí—
el pulido brazo
que quedó varado en las playas
de Las Piedras.

El cacillo muerde el polvo
como si recordara, No te olvides
del dinosaurio,
cuando el terreno está seco, tupido—
en la indecisión, se obstruye
con coriáceos lagartos y espinas de pescado:

Hay algo que no quiere
mostrarse ¿Se trata de una isla
y la amenaza constante del agua
que engendra el blando corazón
del cactus, los endebles
caparazones de las cucarachas,
cuando con facilidad destruye
solamente las cosas jóvenes abandonadas?
Debemos estar cada vez más cerca
de la fragmentación

del núcleo. La máquina
cava, mientras que nosotros esperamos
y pedimos que nos digan
cuál es el tesoro.

Versión de Carlos Alcorta






Elegy 2 

for Natalee Holloway

There is a machine digging into the earth. 
Angels surround 
the spot like vultures, curious 
& hungry, as they mourn the death 
of a pond. An ulna 
led the searchers here— 
the arm-tusk 
that washed up on the beaches 
of Las Piedras.

The claw chews the dirt 
as if to remind, Don't forget 
your dinosaur, 
as the ground is dry, dense— 
in hesitation, it chokes up 
leathery lizards & fish bones:

There is something it does not want 
to give. What is it about an island 
& the constant threat of water 
that breeds the cactus' soft 
heart, the careful 
shells of roaches, 
as well as destroys 
the only young things left? 
We must be getting closer 
to cracking

the nucleus. The machine 
digs, while the rest of us wait 
& say, Tell us 
what the treasure is. 





I Leave

& the sky breaks into gray carnations 
after 120 days of drought, while the quartz sand rolls 
over itself imitating a wave. 
I leave & the mountains are wrinkled 
& soft like a brown paper bag that carries a sweating 
gallon of milk & bananas. I leave the mountains 
with the weight of careless graffiti, tattoos: 
“I loved.” “I was never here.” 
I leave the sunset, red & white candles on a wooden shelf 
of horizon, burning until their braids 
are exhausted. I leave their orange ink as it is spilled, 
as it recedes. I leave & think of you leaving, 
somewhere now in the sky with me, glowing with 
the earth's invisible halo. 






La Estrella

When Polaris falls, my grandmother 
will mourn in the center of the earth, her grief 
a giant telescope

expanding 
through mantle, lithosphere, crust— 
a grito .

In her hand, a mirror of polished obsidian— 
lava's reaction to water. In her hand, reflections: 
a plumed serpent,

a jaw, 
a rosary, 
a spirit of thistle, 
silver raspberries & beryllium, 
frozen rain.

When it was her husband, it was the Ouija board, 
her daughters circling 
the imperial eye.

When it was the hurricane, it was the attic 
of her house, 
her canary Pepito, the bird 
she kept in its cage even after it died.

She will keep the star too, 
when it dies, 
grind it into powder

she'll put in the throat 
of her pistol,

cough into the sky. 



JANUARY GILL O’NIEL [14.144] Poeta de Estados Unidos

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 Imagen: Rachel Griffiths Eliza




JANUARY GILL O’NIEL

North Shore, Massachusetts

Es autora de: 
of Misery Islands (fall 2014) and Underlife (2009), both published by CavanKerry Press

Poemas y artículos de January han aparecido o están próximas en American Poetry Review, New England Review , Paterson Literary Review, Rattle, Ploughshares , Sou'Wester, North American Review, The MOM Egg, Crab Creek Review, Drunken Boat, Crab Orchard Review, Callaloo, Literary Mama, Field, Seattle Review , and Cave Canem anthologies II and IV, among others. Underlife was a finalist for ForeWord Reviews Book of the Year Award, and the 2010 Paterson Poetry Prize. In December 2009, January was awarded a Money for Women/Barbara Deming Memorial Fund grant. She was featured in Poets & Writers magazine's January/February 2010 Inspiration issue as one of its 12 debut poets. A Cave Canem fellow, she runs a popular blog called Poet Mom.




CÓMO AMAR

Después de ingresar en el mundo de nuevo,
está el asunto de cómo amar,
cómo protegerse de la escarcha de la mañana
—el crujido de la hierba helada bajo los pies, los arañazos
de las escobillas congeladas en el parabrisas—
y convertir el tiempo en distancia.

¿Qué canción tararear en la carretera vacía
cuando cada mañana emprendes el viaje hacia el trabajo?
¿Y tienes suficiente convicción para ver, realmente ver,
a los tres pavos salvajes que cruzan la calle
con la cabeza desplumada y las patas como zancos
en busca del alimento matinal? Nada que hacer
salvo agacharse y esperar a que crucen sin problemas.

A medida que se alejan, te preguntas si quieren
volver a estar aterrorizados en este mundo. Tal vez tú estés así, también,
esperando para dar el sí al amor,
mirar a los ojos de otra persona y sentir algo
—el placer de un nuevo amante en la noche inacabable,
tus extremidades plegadas alrededor de él, en el otro lado
de este precario enero, como si un largo sueño hubiera terminado.

Versión de Carlos Alcorta






How to Love

After stepping into the world again,
there is that question of how to love,
how to bundle yourself against the frosted morning—
the crunch of icy grass underfoot, the scrape
of cold wipers along the windshield—
and convert time into distance.
What song to sing down an empty road
as you begin your morning commute?
And is there enough in you to see, really see,
the three wild turkeys crossing the street
with their featherless heads and stilt-like legs
in search of a morning meal? Nothing to do
but hunker down, wait for them to safely cross.
As they amble away, you wonder if they want
to be startled back into this world. Maybe you do, too,
waiting for all this to give way to love itself,
to look into the eyes of another and feel something—
the pleasure of a new lover in the unbroken night,
your wings folded around him, on the other side
of this ragged January, as if a long sleep has ended.







Early Memory

 I remember picking up a fistful 
 of sand, smooth crystals, like hourglass sand 
 and throwing it into the eyes of a boy.  Johnny
 or Danny or Kevin— he was not important. 
 I was five and I knew he would cry.

 I remember everything about it—
 the sandbox in the corner of the room
 at Cinderella Day Care;  Ms. Lee,
 who ran over after the boy wailed for his mother,
 her stern look as the words No snack formed on her lips.
 My hands with their gritty, half-mooned fingernails 
 I hid in the pockets of my blue and white dress.
 How she found them and uncurled small sandy fists.   

 There must have been such rage in me, to give such pain
 to another person.  This afternoon, 
 I saw a man pull a gold chain off the neck
 of a woman as she crossed the street. 
 She cried out with a sound that bleached me. 
 I walked on, unable to help, 
 knowing that fire in childhood
 clenched deep in my pockets all the way home. 

Copyright @ 2014 by January Gill O’Neil.







MARK DOTY [14.147] Poeta de Estados Unidos

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MARK DOTY

(EEUU, 1953)
Poeta estadounidense nacido en Maryville, Tennessee.
Autor de varios libros de poesía, sus creaciones más recientes son Sweet Machine (1998), Source (2002), School of Arts (2005) y Fire to Fire: New and Selected Poems (2008), distinguida con el Premio National Book de poesía. Otras colecciones incluyen Turtle, Swan (1987), Bethlehem in Broad Daylight (1991), My Alexandria (1993), elegida por Philip Levine para las Series Nacionales de Poesía y que fuera ganadora de los Premios Nacional Book Critics Circle y T.S. Eliot, además de ser finalista del National Book, y Atlantis (1995). En 2010 publicó una colección de ensayos sobre la poesía bajo el título Description: World into Word. Publicó también Heaven's Coast (1996), distinguida con el Premio PEN/Martha Albrand por su primera novela de testimonio. Otras memorias de Doty incluyen Firebird (1999), Still Life with Oysters and Lemon: On Objects and Intimacy (2000) y Dog Years (2007). Ha recibido las becas Guggenheim, Ingram Merrill, Rockefeller, Whiting foundations y National Endowment for the Arts. Fue elegido canciller de la Academia de Poesía norteamericana en el año 2011. Ha sido profesor en la Universidad de Houston y actualmente ejerce como escritor distinguido en la Universidad de Rutgers. Vive habitualmente en Nueva York. 


Sufrir, en realidad, no es muy distinto a estar
enamorado. En ambos estados una persona ocupa
por completo la imaginación… Es como si todo lo
que nos roza nos remitiera a ese centro; no hay otra
vida emocional ni otro lugar más allá del universo
de sentimientos centrado en la figura fundamental.

Mark Doty


Poesía 

My Alexandria: Poems . University of Illinois Press. 1 January 1993. ISBN 978-0-252-06317-6 . Retrieved 18 September 2013 .
Turtle, Swan, and Bethlehem in Broad Daylight . University of Illinois Press. 2000. ISBN 978-0-252-06842-3 . Retrieved 18 September 2013 .
Murano: Poem . Getty Publications. 2000. ISBN 978-0-89236-598-2 . Retrieved 18 September 2013 .
Still Life with Oysters and Lemon . Beacon Press. 2001. ISBN 978-0-8070-6609-6 . Retrieved 18 September 2013 .
Fire to Fire: New and Selected Poems . HarperCollins. 2008. ISBN 9780060752477 .
Fire to Fire: New and Selected Poems . HarperCollins. 11 March 2008. ISBN 978-0-06-075247-7 . Retrieved 18 September 2013 .
Atlantis . HarperCollins. 13 October 2009. ISBN 978-0-06-196786-3 . Retrieved 18 September 2013 .
Paragon Park . David R. Godine Publisher. 2012. ISBN 978-1-56792-442-8 . Retrieved 18 September 2013 .
Sweet Machine . Random House. 2012. ISBN 9781448130283 .




A PUNTO DE

Un mes como mínimo antes de la floración
y ya cinco cerezas descarnadas
en la carretera rodeada por una nube
de fuego incipiente                      
                  —en mitad de la tarde,
un tenue resplandor cobrizo . Algunas cosas
siguen su curso:                             
           la noche que llegamos,
casi sin conocernos, desde el frenesí de una fiesta
a la esquina donde habías dejado tu motocicleta,
con miedo de que un viento desapacible la hubiera tirado a la cuneta,
tú de pie en la otra parte
 de la máquina incorporada, al otro lado
de nuestro futuro, y la cabeza inclinada
hacia mí en el asiento de cuero mojado
mientras te atas el casco,
firmes las botas profesionales sobre el asfalto.

¿Supusimos que habíamos llevado el fuego de la fiesta con nosotros,
en algún lugar de detrás en un pequeño apartamento
enfriándose alrededor del corazón como una piedra?
¿Puedes saberlo, cuando ni siquiera eres un brote
sino una posibilidad a punto de realizarse?

Por supuesto no podíamos vernos a nosotros mismos,
si el amor es el molde y el adiestramiento
de todo ser, algo sucederá
donde nada fue…                                     
                        Pero en este momento
pensé en una aureola de problemas de un color nuevo,
reconocible, y pregunté si alguien
conduciendo a trompicones y salpicando
en la Séptima Avenida podría haber visto
la nube exhalando a nuestro alrededor
como si fuéramos un par
de — ¿podría ser?— árboles-prematuramente florecidos.

Versión de Carlos Alcorta




Pescadero

Pequeñas cabras como mi boca y mis dedos

una de ellas permanece en pie ante la alambrada,
golpetea la valla ennegrecida por la suciedad del campo,

empuja con brío su boca hacia mi boca,
de modo que puedo ver las pequeñas semillas cuadriculadas de sus dientes y sus encrespada barba,

y luego ella me besa, aunque sé que no es exactamente un “beso”,

e inclina su cabeza hacia atrás, arqueando su lomo, una cabra practicando yoga,
con todo placer, saludo e indiferencia: ella me ama,

me gusta mucho, se interesa por mí, no me conoce en absoluto,
no necesita conocerme, a pesar de ello me ha reconocido. Así que me siento radiante

desde que he sido dispensado con tal acogida, extendidos sus cascos,
permanece fragante en el suelo, descansando al lado de mi mano. 





Source

He estado viajando todo el día, hacia el norte
-recorriendo carreteras pequeñas y contemplando casas de madera
que se despertaban sobresaltadas por el verdor que crece a su alrededor.
cuando vi tres corceles en un campo vallado
al borde de la angosta carretera: eran caballos blancos,

dos uniformemente cubiertos de nieve, el otro tiznado
como si hubiera estado rondando escamas de óxido.
Eran de tamaño mediano, pequeño y

largo- dos de ellos permanecieron observándome mientras el más pequeño
se hundió hasta las rodillas en un pequeño estanque aledaño.

sacudiendo la cabeza y
-era inconfundible-
deleitándose con fruición en la gélida agua

en torno a sus cascos y tobillos.
Seguí conduciendo, enfilado hacia la ciudad.

con el fin de visitar librerías, y en alguna cafetería
mirar las novedades literarias
y los nuevos volúmenes de poesía, pero todo el tiempo

estuve pensando en los caballos,
y cuando volví a verlos de nuevo,

los tres abandonaron sus juegos
cualesquiera que fueran
y se acercaron a la valla de alambre

-me detuve en el arcén de hierba
de la carretera- para ver qué les había traído allí. 




Pequeño mamut

La leche de mi madre en mi panza
y un poquito de su caca también,
para que yo pudiera comer

de las ácidas estepas verdes
que se abrían infinitamente

ante mí, pero no acababa
de resbalar en el sol y en

la pradera del mundo cuando otra vez
resbalé en este barrizal,

y grité, y gritando
sorbí arcilla por mi trompa

hasta yacer aquí en el fondo,
mis colmillos de leche aún sin

asomar, lista ya una suave pelusa
de grasa para mi primer invierno,

y sólo tengo un mes de vida, y
cuarenta mil años sin mi madre. ~

– Versión de Pedro Serrano





Las horas

Grandes bloques de hielo
—nítidas piedras angulares—
bajan a tumbos por una banda móvil 

hacia las aspas de un feroz
ventilador giratorio; estrépito en rotación
de mil patines y luego

las partículas salen volando ruidosas
por la manguera en un chorro de polvo diamantino,
y el equipo de filmación oscurece

la bien usada nieve de Manhattan
con una réplica de la nieve.

*

Remolques por el borde del Square,
lámparas de arco, los cables enredados
de un arte técnico, y nuestro parque

se convierte en una versión de sí mismo. Caminamos
por aquí diario, mis viejos perros y yo felices
con el rectángulo abierto del aire

sostenido en su marco de torres,
las cabezas quietas y erguidas
para atrapar la atmósfera intensa

y ácida del paseo canino, caras blanquecinas
—las suyas y la mía— alzadas hacia las ramas
grises que vetean el cielo variable.
Hoy nos detienen en la orilla:
a un tipo se le asigna la tarea
de proteger el campo prístino

que una mujer va a atravesar
—una vez resueltos los innumerables
detalles— por un ángulo preciso

en dirección a West Fourth.
Están filmando Las horas,
la novela de Michael, una transmutación

de la Sra. Dalloway. Ambos libros
transcurren en un solo día de junio;
el verbo es justo; en estos libros

se respira un aire de absoluta atención,
como si su substancia 
fuera una mirada enteramente abierta

a la experiencia, deseosa de conocer.
En ambos se cree que el placer más profundo
está en ver y en decir cómo

vemos, aun cuando nos derrote
la aguda aflicción de la primavera, o una ola 
constante de oscuridad, cada vez más próxima.

En la versión filmada es invierno;
buscan que el estreno se dé en las vacaciones
y por tanto deben apresurarse.

Alguien grita ¡Fondo! 
y los neoyorquinos contratados comienzan
a circular detrás del campo perfecto,

algo cohibidos, en patines
o de compras, tan lentos que no convencen,
así que lo intentan de nuevo, Clarissa pasa

por el arco cubierto de arena
y ceñido por eslabones de metal,
monumento que brilla gris contra el gris.

*

Ya queda menos que amar en el mundo.
Taxi en Bleeker, tarde opaca, después
del paso de una resplandeciente, después de las horas
en estaciones y trenes, borrosas praderas
por las ventanas empañadas, sueño inquieto,
camino a casa, y ahora la oscuridad adentro
del taxi más honda que cualquier cosa que pudiera

ofrecer una tarde de invierno. Nada permanece, uno
no tiene poder sobre el tiempo, estamos atorados
en un nudo de tráfico, y luego esto: la florería,

donde ayer hubo otro negocio,
¿qué era? ¿Desaparecen las cosas tan rápido?
"Flores del paraíso", en un arco de oro

sobre el vidrio de la ventana, estantes y filas
de flores, y una extraña desenvoltura en la banqueta
y, mira: el guión delator de los cables

que entintan la calle, los remolques cercanos, las 
lámparas marcianas
y una silueta solitaria en un abrigo de caqui detenida
con un puñado de flores mientras revisan
su aspecto a través del lente: Clarissa,
que compra las flores ella misma. 
Lo tomo de modo personal. Como si,

por encima de todo, persistiera este emblema:
una mujer salió a comprar flores, hace años,
en una novela, y el mundo

entró en ella. Luego, en otra novela,
su doble eligió sus propias flores 
mientras la vida apática y dichosa 

de la calle la traspasaba, y hoy
hela aquí, fulgurante en un surco indistinto
de febrero, el ahora una imagen

reducida por el lente, una versión más pequeña
de un cuarto donde residió el amor.
Aunque continúan, la sombra y la réplica,

la copia y la repetición —adaptadas, reducidas,
vueltas a enmarcar: versiones hermosas —margaritas en un cono de papel, 
perro dorado que mordisquea un guante— fugaces

y no por falsas menos verdaderas. ~

— Versión de Teresa Landa




The Embrace

You weren't well or really ill yet either;
just a little tired, your handsomeness
tinged by grief or anticipation, which brought
to your face a thoughtful, deepening grace.

I didn't for a moment doubt you were dead.
I knew that to be true still, even in the dream.
You'd been out--at work maybe?--
having a good day, almost energetic.

We seemed to be moving from some old house
where we'd lived, boxes everywhere, things
in disarray: that was the story of my dream,
but even asleep I was shocked out of the narrative

by your face, the physical fact of your face:
inches from mine, smooth-shaven, loving, alert.
Why so difficult, remembering the actual look
of you? Without a photograph, without strain?

So when I saw your unguarded, reliable face,
your unmistakable gaze opening all the warmth
and clarity of you--warm brown tea--we held
each other for the time the dream allowed.

Bless you. You came back, so I could see you
once more, plainly, so I could rest against you
without thinking this happiness lessened anything,
without thinking you were alive again. 




At the Gym

This salt-stain spot
marks the place where men
lay down their heads,
back to the bench,

and hoist nothing
that need be lifted
but some burden they've chosen
this time: more reps,

more weight, the upward shove
of it leaving, collectively,
this sign of where we've been:
shroud-stain, negative

flashed onto the vinyl
where we push something
unyielding skyward,
gaining some power

at least over flesh,
which goads with desire,
and terrifies with frailty.
Who could say who's

added his heat to the nimbus
of our intent, here where
we make ourselves:
something difficult

lifted, pressed or curled,
Power over beauty,
power over power!
Though there's something more

tender, beneath our vanity,
our will to become objects
of desire: we sweat the mark
of our presence onto the cloth.

Here is some halo
the living made together. 




Description

My salt marsh
-mine, I call it, because
these day-hammered fields

of dazzled horizontals
undulate, summers,
inside me and out-

how can I say what it is?
Sea lavender shivers
over the tidewater steel.

A million minnows ally
with their million shadows
(lucky we'll never need

to know whose is whose).
The bud of storm loosens:
watered paint poured

dark blue onto the edge
of the page. Haloed grasses,
gilt shadow-edged body of dune…

I could go on like this.
I love the language
of the day's ten thousand aspects,

the creases and flecks 
in the map, these 
brillant gouaches. 









CATHY LINH CHE [14.148] Poeta de Estados Unidos

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Cathy Linh Che 

Autora de la colección de poesía, Split (Alice James Books, 2014), 
ganadora del Premio de Poesía Kundiman. Es poeta, profesora, que vive en Brooklyn, NY. 

Poeta americana vietnamita de Los Ángeles y Long Beach, CA, recibió su licenciatura de la Universidad de Reed y su MFA de la Universidad de Nueva York. Ha recibido becas y residencias de Poetas y Escritores, el centro de trabajo Bellas Artes en Provincetown, Kundiman , Hedgebrook , Poetas Casa , El Asian American Literary Review, el Centro para las Artes del Libro, Workspace Residencia del Lower Manhattan Cultural Council, y Jerome Travel Foundation Grant.

Editora fundadora de la revista en línea Paperbag, s,  Directora General en Kundiman.



ENTIERRO

Llueve, el olor a tierra fresca, y tú, abuela,              
    en una caja. Te entierro en la distancia, después de 22 años de no verte a ti                          
              ni a tus devastadas manos.  
 
Entierro tu cabello, con raya a un lado y sujetado por detrás,              
         el áo dài de terciopelo plisado,                          
                     las herramientas que usabas para sembrar,  

la apoplejía que preservó tu lado derecho ,             
                la tierra que se removió cuando te volviste a casar,                         
                             tu dolor por la muerte de mi abuelo,  
 
la guerra que amputó la pierna de tu padre,              
                  la guerra que destrozó tu vajilla,                          
                              tu casa de la infancia arrasada  
 
por las ruedas dentadas        
                 de un tanque estadounidense—                         
                              Lo entierro todo.  
 
Aprendiste que nada permanece en esta vida,              
               ni tu hija, ni tu tío,                      
                              ni siquiera la dignidad de dejar este mundo  
 
con honor. Las úlceras en la cadera de estar en la cama              
                  estaban limpias y curadas. Que yo supiera, oíste
                             hablar al niño una sola vez,
 y cuando nos encontramos por primera vez,              
                 las lágrimas humedecieron un lado de tu cara.                          
                            Sostuve tu mano y te dije:
 
bà nogai, bà ngoai  

Diez años más tarde, regresé.              
                  Llovía sobre el sepulcro.                          
                                  En la foto de la parte superior de la tumba,  
 
mirabas como lo hacía  mi madre.              
                 Encendimos las varitas de incienso y las clavamos.                          
                                  Arrojamos las hierbas invasoras a la bahía.

Versión de Carlos Alcorta




Pomegranate

I open my chest and birds flock out. 
In my mother’s garden, the roses flare 
toward the sun, but I am an arrow

pointing back. 
I am Persephone, 
a virgin abducted.

In the Underworld, 
I starve a season 
while the world wilts

into the ghost 
of a summer backyard. 
My hunger open and raw.

I lay next to a man 
who did not love me— 
my body a performance,

his body a single eye— 
a director watching an actress 
commanding her

to scintillate.

I was the clumsy acrobat. 
When he came, I split open 
like a pomegranate

and ate six of my own ruddy seeds.

I was the whipping boy. 
Thorny, barbed wire 
wound around a muscular heart.

Originally published in Split (Alice James Books, 2014)




Doc, there was a hand

Doc, there was a hand, my bed
was pushed across the room,
the wallpaper looked, I drew
faces on the flowers, this one
with closed eyes, and when I woke
they suddenly opened. I watched
my father wash his hands with gasoline,
he always smelled of something
burning. He held out his hands,
twin flames, volcanic rock.
In the room, I mapped out
an archipelago of needs—
mine, then his, then my father’s.
Stray rocks, a map. Doc, you call it
schema, me shut-eyed, my cousin’s
hostile need. I dreamt
my arms were raised. I think
in surrender. I’ve been studying
Freud’s On Dreams, wish fulfillment,
my cousin’s hostile need. He returns
like a wild obsession. (There, like a skein
in my dreams.) Archipelago of desire.
I skip stones, one to another.
My mother’s shame, father’s cold
and brutal shielding. There was
more tenderness in the rain.
I woke with an archipelago
of bruises. It wasn’t my father.
It was a rolodex, scattering
pages. A child’s hips and fingers
long and thick.





Projector
 
Cathy Linh Che's poem "Projector" is a quiet, tense poem that captures the helplessness of a child forced into an adult situation. The poem is painful in its sparseness and heartbreaking in its untold brutality.

The poem is part of Che's forthcoming collection 'Split', available from Alice James Books on April 29th.

-- Karissa Chen, Fiction & Poetry Editor

 

While I slept, my cousin placed
his mother’s mask on me,
asked me if I loved him. 

He wore wolf ears.
I willed him to hear the change
in atmosphere, the tilt of air 

—no, no, no—

his finger slid
under the white
underwear. 

The air was cool,
my face on fire. 

I wore my woman’s mask.
Underneath,
I was ten years old. 

When he kissed me, the edges
of our magnetic fields touched.
Inside, my heart compressed 

into a black hole.





Burial

 There is the rain, the odor of fresh earth, and you, 
        grandmother, 
in a box. I bury the distance, 22 years of not meeting you 
and your ruined hands. 

I bury your hair, parted to the side and pinned back, 
        your áo dài of crushed velvet, 
the implements you used to farm, 

the stroke which claimed your right side,
the land you gave up when you remarried, 
your grief over my grandfather’s passing, 
the war that evaporated your father’s leg, 
the war that crushed your bowls, 
your childhood home razed 

by the rutted wheels 
of an American tank—
I bury it all.

You learned that nothing stays in this life, 
not your daughter, not your uncle,
not even the dignity of leaving this world

with your pants on. The bed sores on your hips
were clean and sunken in. What did I know, child 
who heard you speak only once, 

and when we met for the first time,
tears watered the side of your face.
I held your hand and said,

bà ngoại, bà ngoại,

Ten years later, I returned. 
It rained on your gravesite.
In the picture above your tomb, 
you looked just like my mother. 
We lit the joss sticks and planted them. 
We kept the encroaching grass at bay.







JILLIAN WEISE [14.149] Poeta de Estados Unidos

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Jillian Weise 

Nació en Houston, Texas, en 1981. Su primera colección de poemas, La Guía del Amputado de Sexo (2007), es una investigación audaz de la discapacidad y la sexualidad. Weise ha dicho de su composición: "En cierto modo, yo no sabía lo que significaba ser desactivado hasta que empecé a escribir los poemas." El diario Los Angeles Times escribió: "Los lectores que pueden manejar la experiencia espeluznante de Jillian Weise del valiente debut poesía será recompensado con. . . una disección intrépido del tabú y lo oculto. "El segundo libro de Weise de poesía, El Libro de Goodbyes (2013), recibió el Premio James Laughlin de la Academia de Poetas Americanos. 

Weise también es un dramaturgo, cuya obra ha sido puesta en escena en el Festival Fringe de Nueva York y el Festival de Dramaturgos Provincetown. Sus premios incluyen el Fred Chappell beca en la Universidad de North Carolina-Greensboro, y el Alan Dugan Writing Fellowship en Bellas Artes Centro de Trabajo de Provincetown. Weise Actualmente vive en Tierra del Fuego, Argentina, en una beca Fulbright, donde se encuentra de visita viejos refugios de Charles Darwin y el trabajo con sus cuadernos.

Bibliografía:

The Book of Goodbyes (BOA Editions, 2013)
The Colony (Counterpoint/Soft Skull Press, 2010)
The Amputee’s Guide to Sex (Soft Skull Press, 2007)




RECONVIERTE TU AMOR

En casa, un hijo de dieciséis años,
y recubrimiento para la ventana y paredes
por pintar y « ¿Cómo te fue el día?»
En la web no hay días
ni estaciones ni cambios de aceite
para el Subaru. «Nadie importa».
En el motel, almohadas blandas, una lámpara
alta como la marca de su hijo en la esquina y
un cuadro de un velero. «Al tercer año,
el sexo se terminó y nos separamos.
Entonces  nos casamos». ¿Te has metido
algo? «Esta noche
estoy haciendo tu plato favorito».
Las noticias se suceden, impuestos.
«En algún momento, él dejó de besarme
en el cuello». Ella necesita escribir
su Declaración de Metas Personales. «El prometió».
Más o menos. «¿Cómo puedo vivir así?»
los tres en armonía.

Versión de Carlos Alcorta




Evangelize Your Love

At home, a sixteen-year-old son
and window treatments and walls
to paint and “How was your day?”
On the web there are no days
and no seasons and no oil changes
for the Subaru. “No one important.”
At the motel, flat pillows, a lamp 
tall as his son in the corner and 
a print of a sailboat. “In year three, 
the sex fizzled and we broke up. 
Then we got married.” Have you gotten 
yourself into something? “Tonight 
I am making your favorite dish.” 
News comes on, news goes off, taxes. 
“At some point, he stopped kissing me 
on the neck.” She needs to write 
her Goals Statement. “He promised.” 
More or less. “How can I live like this?” 
the three of them in unison.




Goodbyes

 begin long before you hear them
and gain speed and come out of 
the same place as other words.
They should have their own
place to come from, the elbow
perhaps, since elbows look
funny and never weep. Why
are you proud of me? I said
goodbye to you forty times.
I see your point. That is
an achievement unto itself.
My mom wants me to write
a goodbye poem. It should fit 
inside a card and use the phrase,
“You are one powerful lady.”
There is nothing powerful
about me though you might 
think so from the way I spit.
I don’t want to say goodbye
to you anymore. I heard
the first wave was an accident.
It happened in the Cave 
of the Hands in Santa Cruz.
The four of them were drinking
and someone killed
a wild boar and someone else
said, “Hey look, I put my hand
in it. Saying goodbye is like that.
You put your hand in it and then
you take your hand back.








PILAR GORRICHO DEL CASTILLO [14.150]

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Pilar Gorricho del Castillo 

Nació en Logroño (La Rioja) España el día diez de marzo de 1961.
Poeta clásica en sus composiciones ha editado tres poemarios y participado en diversas antologías clásicas y de verso libre.

"Los retazos de mi alma" es su primer poemario en poesía clásica.
"Girasoles de asfalto" auna el verso clásico con el libre.
"Y el vacío de los plenilunios" todo en verso libre.

Escribe por satisfacción personal y según su propia frase:

“ No escribo poesía para vivir, la escribo para no morir”.




Océanos.

Me canso.
Sucede que me canso.

No como Neruda de ser hombre
si no, de pasear mis edades
siempre por los mismos senderos:
esos que llevan a una Roma
de fontanas obtusas y taponadas
arrojando monedas
a los dientes de los crepúsculos.

Siempre el mismo empedrado sin costillas;
diseño de gigantes gateando
hacia un orbe nuevo de etéreas nostalgias.
Sin abrir las compuertas de las acequias,
veo anegarse frente a mis delirios 
el minúsculo intento de romper cadenas
con la parsimonia del necio.

Voy plantando magnolias en los retretes
para olvidarme del desamparo,
y espero que broten entre el cieno 
de lo estático.

Mientras, espero y espero
que los almanaques de las horas
alumbren pegajosos cadáveres 
de física cuántica resolviendo
ecuaciones a destajo.

No apostando nada,
para no perder nada.

Regalando las barajas de las posibilidades
a los arcanos del desasosiego
que despojan almas
de sus engalanadas vestimentas
para transmutarlas 
en homeless de una imprecisa ventura.

Sempiterna incertidumbre 
de sofá y degollado mueble 
que chirría hastiado mi nombre.

Camino de dameros en los pasillos que atravieso
con la premura de quien encontrará
entre las baldosas,
el santo grial de su existencia
y tan solo encuentra,
aquellas trampas para ratas 
por donde siempre se vuelve a pasar.

¡No modifiques tu camino!
grita el estepario lobo del subconsciente
haciendo gala de su bastarda condición 
de dueño y señor de un vitalicio feudo.

No retornes a Ítaca
pues ni siquiera
tienes un perro que te reconozca
ni Atenea que disimule tus facciones 
rabiosas de cicatrices,
o te advierta de los peligros que te acechan.

Vuelve sobre tu rastro y camina 
sobre el asfalto de las preguntas;
ponzoñosa arteria donde te reconoces.
Entre tempestades de mediocres membresías 
y apuestos hijos de Abraxas,
pero te reconoces.

Muerden los templarios de las hecatombes
todo intento de traspasar 
los arrabales de la remembranza
y caminar sobre las aguas,
como un Cristo que despojado de su ego 
nos regaló un camino nuevo.

Océano,
dones de profecía entre serpientes 
padre de ríos y arroyos-
" Poderosa corriente del río océano"
relató Homero.

Extenderse hacia el pecho de las aguas
circundando horizontes y suelo raso
como una orquesta armónica 
con el sol como única batuta.

Es Titán quien copula mis futuros
sin pecado.
Que hasta la culpa y el yugo de su castigo
caducan,
escupiendo el beso del perdón
en nuestro maldito karma 
el día menos esperado.

Abro la ventana de la algarabía,
entran machaconas moscas nacaradas 
obturando la salida de este dédalo sanguinario.
Cierro puertas, y se aferran
a las grietas del alma
como un condenado a su última cena.

Ya 
pasó 
vuestro tiempo.

Los cíclopes reverencian mi paso
y gritaré a Polifemo que " ningún hombre"
jamás hiere.

Quebrantaré
el sacrílego dogma de la presunta
felicidad terrenal
de pies en el suelo
y cabezas en el cielo.

Océano donde beber las primeras aguas 
diáfanas,  y sanadoras
arropando,
los despojos de los hombres.

Me canso, 
sucede que me canso,
no como Neruda de ser hombre
si no, de no saber ser niña 
amada hija del oráculo de Nereos.




Trago de poesía.

Lo reconozco,
esta manía mía de hacer poemas,
esta mano izquierda,
lastimera e inútil 
reclamando su lugar.
Este no parar de ver fuera 
lo que debería estar dentro,
no es otra cosa que un trago de vodka
para mi cuadriculado espíritu.

Aún entono letanías 
sosegando la sabandija del lóbulo.

Voy mascando el fracaso de los soles de agosto
por las callejuelas de plomo, y me hago lluvia
alguna tarde.

Escribo poemas de guerra sin mancha,
(la sangre es privilegio de corta estancia)
 evasiva que va matando poco a poco,
los pronombres personales, ocultos
entre amapolas sudorosas.

Para no sentir el torpe ademán de los días ciegos, 
los cincelo en las servilletas de barra y soledades.

Es más llevadero el golpe revestido de filigrana.
Y la piedra,
 (sombrío tropiezo por enésima vez)
es menos hierática con forma silábica.

El despeñadero del pasado es eutanasia de lo venidero
cuando nos asomamos a lo nuevo con mirada de perros viejos.

Lo reconozco,
escribo poemas para no amparar al barquero 
que desde la ribera pide indulgente un remo.
Su grito envuelvo en metáforas de galernas
y diéresis acartonadas.

-La miopía  de mi corazón es óbice inmóvil-

Escribo vestida de vocablos para no sentir el látigo
de mi cuerpo cansado en  las orillas del norte.

Lo reconozco, escribo poemas para no sufrir
el " yo" sin ornamentos que tal vez no pudiese
soportar.

Matar al dios que cimenté con mi costilla 
para poder morir,
y escribir el poema de los poemas 
cuando por fin vea mi vida 
sin el filtro de la palabra.




Camino.

Quizás encontrar el camino
no sea el problema.
Ni el viaje una variante
de lo estático.
Quizás el problema sea
apuntar al cielo
y no saber si son las nubes
las que se mueven
o me muevo yo.




Escondite.

Me escondo
y me cubro con los vientos de las noches.

 Tapono las fronteras
de este sentir extranjero,
con muecas de arlequines
y castigos de verborrea
donde oculto mi nombre.

Para no ser traslucida a esta dádiva
que atraviesa el portal de mi pecho.

Yo
      me
             escondo.

Para no parecer cristal de bohemia
en la mesa del titanic
pujo por las lindes de la catarsis
y deshago gritos como tormentas.

Que no se escuche
 mi repentina carcajada
en las genocidas galerías
del lenguaje de los astros.

Me escondo del chiste de la vida
pues no entraba en mis planes,
llevar en las pestañas
una nube de bienaventuranzas.




De amores.

Volver a mirar a la cara del Dios
que me pintaste en los labios.

Ponerle ojeras y demacrarlo
hasta que se haga barro en las cuencas.

 Meter el dedo en los rojos agujeros
de una  expectativa,
y poco a poco
quitarle legañas y harapos
hasta que se haga hombre.

 Tomarlo de la mano y sentir
 tan solo la divinidad de lo asequible.
En eso consistía el amor.




Futuros.

Yo no tengo el esquema del futuro
ni peino el alma del siempre.

No sé dónde duermen las angustias
o cómo mueren los temores
cuando se enamoran de la elocuencia
de la templanza.

Yo no tengo el don de profecía
ni poder para traspasar montañas.

Quizás no sepa ni del amor su apellido
cuando abandona el carroñero habitáculo
del amor propio.

No tengo arcanos que me vendan
la sapiencia del manantial
o la verdad de la gota cuando se hace cántaro.

El menosprecio de las nubes tapando soles
se hace espuma en mis labios
cuando intento controlar tu beso.

No sé si se lo llevará el viento,
así como el no sabe cuando es brisa
que algún día tirará tejados de un bandazo.

No sé si irá a parar al mar
así como el no sabe cuando es río
que quizás sea solo
un vago recuerdo del camino.





La sonrisa del gato.

Te prefiero en horizontal,
esa es tu posición.
Como una raíz en la sonrisa
circundando el teorema y la mística.

Aprendiendo,
siempre aprendiendo de las piruetas
los privilegiados reductos.
-Sonriendo quién sabe a qué-

Horizontal presagio en afónica rutina,
 de líneas rectas, lacónicas y  pálidas.

En vertical,
  pudieras ser mortífero rayo
promesa de tierra,
o herrumbre de arañazo en el árbol de la luz.
O hasta quizás, fotograma propio de la sabana.

Yo,
te prefiero horizontal,
como una raíz en la sonrisa
que de vez en cuando hago mía 
para que fecunde el júbilo
de la ignorancia.

No dejas de ser paisaje del tejado
postrado en una muerte de lujo
 y glorias en infinito plural.
Sin ti, las tejas son esteriles recolectoras
de lluvia.
Sin ti, no serían las bajeras de los coches,
improvisados soles a ras de suelo.

A días,
 al mirarte,
 pregunto por tu sonrisa al ayer
doliente, somnoliento.
El pánico me impide preguntarte a ti.
Quizás tengas la respuesta,
y sonrías por mis neuróticas cegueras
 alter ego
de esas horas de luz que llevo en los músculos.

O por esa media vida
saboreada en los platos del saber,
escupiendo una percepción
 reducida a ecuaciones comedidas:
( como tus pasos de vigilante extremo)
 Premisas porfiando
del sentimiento, su ignorancia.

Tú,
sabes de la vida tan solo su color:
pardo,
 como esa noche que habitas.
Cada día nacen lunas en tu lomo
de milagroso sigilo
y tu perezoso lameteo las convierte
en tiempo muerto.

A ti te quedan siete platos todavía.
No lo sabes,
 no sabes siquiera
si tu estomago soportará
más viandas de arañazos y visión nocturna.
El futuro es un arcano dual para ti.

No sé si sonríes por las siete vidas
que te quedan por vivir
o por alguna que otra muerte
que ves pegada a mis ojos,
cuando me miras a mi.




La muerte en agosto.

La muerte no tiene vacaciones.
Se presenta sudada y mugrosa
en pleno estío
con su mono de trabajo
y su libro de contable venida a menos.

No atiende los razonamientos
intentando explicarle que agosto
es mes de bicicletas,
de higueras reventando soles
de lascivias enlatadas
con pronta fecha de caducidad.

Que los hastíos
 se lavan en los océanos
el salpullido de los inviernos
y juegan a las letras perdidas
hastío -estío-
siesta-fiesta.

Que los cuerpos reposan
 sobre la augusta hierba
el umbrío y lascivo renacer
y
no desean ser despezados por las moscas.

Que cierran las cunas de las ciencias
y renacen amores en las camas vírgenes.
Que los niños gritan en los parques
llamando a los días por su nombre
y son correspondidos
con la brisa perenne en sus ojos de fabulas.

Que en agosto,
echa el candado hasta el mismo Dios.
pero ella se obstina
en proseguir con su papel
de sicario esquirol
y salda cuentas sin calcular
los tiempos, ni los años.





Mater desolación.

A menudo se me olvida
que has muerto.

Abro tu armario con cautela
él respira...
 pausado, sigiloso
pero respira.

Miro su esternón por si acaso
fuese una demencia mía ,
(como lo hacia contigo en la cuna)
e insufla más aire en sus grietas.

Los vestidos hacen cabriolas
al compás del blues de amy winehouse
“Lover never say goodbay”
el beis con capucha
que compraste días antes de partir
contornea su cadera con Shakira.

Tus chaquetas de lana,de vivos colores
(como la piel donde dormías
y el prefacio de tu sonrisa de amapolas)
forman un caleidoscopio sinfónico.
Los bolsos piden baile
a tus fulares invocando el mantra
de la diosa Ziva
“On namah shivaya”
reluciendo el plateado faro
de tu última cartera, aquella
que contenía cinco euros
para tu paquete de marlboro.

Saltan como palomas
a por su cáscara de pipas
 entre la naftalina y el aroma
de tu perfume a azmicle y hierbabuena.

Se sienten cómodos y distendidos
en la fiesta del desconcierto,
sabiéndose únicos e irrepetibles,
dueños de mis silencios, cuando
vespertina los arrullo entre mis pechos
mamando la desfloración del recuerdo
salado de mi retina,
y esclavos de mi memoria cuando
por un breve instante queriendo apartarlos
de mis cicatrices, me desgarran con sus
torpes desmanes y abren sajaduras
prosaicas ,allá dónde habitaban poetas.

Respiran y están más vivos que nunca.
Pero tú hija ¡has muerto!
¡si supiese dónde has ido!
si supiese dónde reposa tu pelo
sin las gotas de aroma de lavanda que consagrabas
en la almohada cuando los sueños entraban
por la rendija de nuestros azulados misterios.

¿Dónde estás? ¿En alguna galaxia más allá
de la estratosfera pendiendo de una estrella?

¿Tienes frío? Tú, que siempre estabas helada
no te llevaste ninguna chaqueta
de vivo color para esta odisea.
(con ella ,quizás una noche de estas
te hubiese reconocido al otear el infinito).

La verde chaqueta sigue aquí
en ese cuadriculado milagro de roble
 bailando con toda tu ropa
sin percatarse de tu ausencia.

Qué incomprensible ademán
de dislocados niños traviesos.

Nadie les molesta por la mañana
deshaciendo su somnolencia a golpe
de movimiento de percha,
ni por la noche batiendo alas de liquen
en el bosque de los pijamas.

Se han olvidado de su cometido
mostrando su lado más mimoso
en profana egolatría.
Se saben dueños absolutos
de mis lágrimas, de mi desamparo
y de todo el amor que guardaba para ti.




Branquias en la almohada.

Mis noches son de lechuzas
crujiendo muebles
en los vértices del escalofrío.

Larvando minutos como espadas
entre las tuberías que chirrían
como un cerdo en la matanza.
Respiro por branquias
y doy cuerda a irrisorios relojes
donde millares de demonios
acicalen su tridente en la punta de mi lengua
donde germina el verbo
renacer....
en todas sus conjugaciones.

Y cuando el primer rayo
asoma al quicio de mis delirios
mi anquilosado cuerpo se queda sin nombre
y mis recuerdos son arrojados al viento
como una moneda con miles de cruces
y ni una sola cara.

Y no acierto a recordar donde dejé
mis piernas para incorporarme.

Ya, apenas tengo memoria.
Tengo casa, pero nadie enciende la lumbre
de un hogar.
Nadie a quien arropar
ninguna cima que coronar
ni grutas del deseo.
Eso sólo pasa en otras hogares
en otras vidas,
 en otras fuentes.

Me da las buenas noches
una lampara de techo
con la que hago muy buenas migas.

Yo  cuento sus hojas
esculpidas en la tulipa como pecas picaronas
 y ella se deja querer.

Me alimento de las sobras del manjar
de una suculenta supervivencia
que guardo en el congelador de las rentas
de los precoces olvidos.

Como perra rabiosa
muerdo las manos que me dan de comer,
ladro y escupo las babas por los callejones
sin salida que frecuento.

 Me lamo sola las purulentas heridas
con la sangre de mi cordón umbilical,
que todavía caliente, es lo más parecido
a un abrazo.

Alguien, más enérgico que la propia vida
zarandeó estas paredes
y desde entonces asoman bufones
desde lo insondable de las vigas,
y de mi soledad
se van mofando con sus cascabeles rosas.

Cada noche sudo lustros sobre la almohada
en decúbito supino
por si acaso en medio de tanta oscuridad
la suerte se me presente de cara.

Mis sueños son negras palomas
defecando sobre mi cara los panes sin digerir,
sirenas de ambulancias tocan para mi
su mortal sinfonía en sol menor.

Invoco los infiernos
para vivir.

¿Y me pides
que sea como antes?

Cuando ha pasado una dama
negra
y besas por última vez
la congelada mejilla que nació de tu entraña,
tan sólo aciertas
a respirar como un pez
ahogándote poco a poco
en la pecera de las preguntas.
Y jamás
jamás
vuelves a ser como antes.





Dia de piedras.

Llegará el día del pergamino
y tendré que hablarle a mi voz.

Ese día callarán los argumentos
las alimañas desatadas
de una verdad desnuda.

Socavaran mis agrietadas manos
vislumbrando lo que hicieron 
o dejaron de hacer.
Intentado ver la primitiva luz
hurgarán llagas,
 promesas,
 y los ingrávidos
dedos que en ellas moran.

Con estas manos pudiese haber
dado sustento a miles de platos
de clemencia.
 Calorías disuasorias o alentadoras,
o quizás 
desalar lágrimas anónimas 
o hasta...
con precisión cirujana estirar
apéndices de fundamentos que impiden 
al niño alzar la vista de la estirpe.

-Todos somos mancas providencias aquí-

Llegará el día , si, 
y me preguntarán por estos ojos 
rebosantes de moscas verdes gimiendo sucios.
Estos ojos que no quisieron ver más allá 
del ombligo que me alimenta.
Estos ojos pardos de arena
que no se atrevieron a ser olas, abrazando
alienadas medusas.
Se niegan a ver,  gramíneas de uno mismo
entre la errática eternidad de los parques.

-Aquí todos somos providencias ciegas,
ceja del placebo del misterio-

La boca que debería recubrir la arenga 
del ecuánime,
 soplar el viento hacia lo meridional
de la balanza, incluso
 besar la compasiva lepra con frenesí 
es ardua tarea para el mediocre
pellejo que habito.

-Nunca tendremos bastante.
Todos somos mudas providencias aquí-

Escudriñarán mi desnudo cuerpo como un mapa.
Carreteras visionarias entre las piernas,
territorios de espantos en este tronco 
inclinado  hacia la tierra.

Cuando el día traiga la umbría cuestionada
y los jinetes negros,
(victoria estática  
cumpliendo de la piedra
 su rotatorio sueño)
la trémula sentencia apocaliptica
del séptimo sello
yo aguardaré.

Malvivo esperando albas deslenguadas
dilucidando
esta demente ensoñacion de las rocas
insurrectas.
Esta sutil manera de esconderme
como ellas
entre la pasiva espalda de una tarada nube
y hacerme aire inmóvil.




Otoños.

No es esa vehemencia de las hojas
repoblando de crepitares la espesura.
Ni esta súbita lluvia
agregada a los cafes de paso.

No ha de ser el  lunático antojo
de los días niños
por hacerse progenitores  
de lo oscuro cuanto antes.

No ha de ser nada de esto.

Es un desafío desintegrando
las fauces del " ahora".
Una pesadumbre espasmódica asida
a las vicios del frio, del gigantesco frio
en un tuétano hecho papel.

Es un cáncer en  las células del alma
de madre forastera.

Lobos de caoba; francontiradores
en los tejados de una escuela de corderos.

No, no es el otoño y su conjunto
de rojos casquivanos
y su jardinero trabajo.

Es no sentirse viento para tener 
algo que descuajar de su natural estado.

No es la lluvia no.
Es no sentirse agua y no tener nada
que purificar en las bambalinas
del soñador.

No son los días cortos,
 así,
 como besos en los portales
con su impertinente nota de levedad.

No, no es todo eso.

A fin de cuentas las hojas se unen para caer
y crepitar todas juntas.

El agua se hará salitre de recordatorio
un día de estos.

Y yo,
yo estoy sola.





Retrospectiva.

Me veras en retrospectiva
entornando los acantilados
y fragmentos de sol entre los dedos
tornaran a mis oídos.
             
      Dejarán su mística estela
las amapolas, los rastrojos
 y la mansedumbre
 parirá de nuevo
ya fuera del bosque donde cobijamos
la levedad de nuestra augusta
soledad.

Oraran sobre nuestro vientre
aquellos descendientes akasicos
magullando con su impronta
todo intento de amordazarnos.

Que ya no habrá horizonte
donde cubrirnos y regresarnos.
Nos tragamos todo el mar
para ir escupiendolo poco a poco
entre los huesos de esta sorda ciudad.

Esperas.

No me esperes todavía.
Los arrabales que te moran
son páramos desconocidos 
para los cobardes.

No tengo prisa 
en buscar tu cuerpo 
entre las brumas de aquel adiós 
de solitario hueco.

Debería estar contigo,
 etérea
grácil, 
las dos gimiendo siglos oceánicos.
Las dos, hechas constelaciones
de templanza.
Palomas de un tejado solo nuestro.

Sé que te dejado sola 
en el aventurero pánico
del espacio sin flores.

Todavía no es mi tiempo,
la huida deja de ser opción
cuando la baraja muestra un último
as diáfano de humanos argumentos.

Aún tengo que rebuscar sonrisas 
imperecederas 
para regalar a la hiedra de los perdones.

Arrancar el misterio
a la boca de esa vida que quebraste.

Esto no entraba en nuestros planes.
Tú, la primera 
mostrando tus heridas a la noche oscura.
Yo intentando hacer luz de la venda
que me cubre.
No me esperes todavía, aún tengo 
 que perdonarme
 para llegar deshojada 
hasta la azul tierra habitable
con un poema seco.







CARL PHILLIPS [14.151] Poeta de Estados Unidos

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imagen: Doug Macomber


Carl Phillips

Nacido en 23 de julio 1959 iin Everett, Washington, Carl Phillips es autor de numerosos libros de poesía, entre ellos Silverchest (Farrar, Straus y Giroux, 2013), Double Shadow (Farrar, Straus y Giroux, 2012), carcaj de 

Carl Phillips (1959) es un prolífico poeta estadounidense muy galardonado por sus trabajos. Entre los libros que ha publicado se encuentran: Quiver of Arrows: Selected Poems 1986-2006 (2007); Riding Westward (2006); The Rest of Love (2004) ganador del Theodore Roethke Memorial Foundation Poetry Prize y del Thom Gunn Award for Gay Male Poetry, y finalista del National Book Award; Rock Harbor (2002); The Tether (2001), ganador del Kingsley Tufts Poetry Award; Pastoral (2000), ganador del Lambda Literary Award; From the Devotions (1998), finalista del National Book Award; Cortége (1995) finalist del National Book Critics Circle Award; y In the Blood (1992), ganador del Samuel French Morse Poetry Prize.

Phillips es profesor de inglés y de estudios africanos y afroamericanos en la Universidad de Washington en St. Louis, donde también enseña en el Programa de Escritura Creativa de su universidad.



CIVILIZACIÓN

  Hay un arte
   para cada cosa. Cómo
la lluvia comienza 
   en abril y sigue su curso como
   esa canción hasta que por fin

termina. Una centenaria
   colección de campanillas de plata
que una vez un monaguillo balanceó
   en la procesión …Tú eres el mismo
incapaz que siempre

has sido, arañado por zarzas ,
   por helechos
que te invaden.
   Así que dijo:
   esto es un sueño. Pero

el resto —todo el resto—

  despertaba: no siempre,
hasta la siguiente
   extravagancia. Dos estatuas
   de negratas cada una espejo

de la otra, cada una levantando

    para siempre su carga

de plumas de pavo real pintadas a mano ,

   talladas a mano. Tú
   no lo sabes, tú no sabes

que yo te amo, dijo. Estaba
   temblando. Dijo:
Te amo. Hay un arte
   para cada cosa. Lo que yo he
   hecho con esta vida,

no lo que yo hubiera querido hacer,
 o hubiera querido decir, quizá, si lo hubiera
comprendido, aunque no tengo
 excusa. No el tronzado, pero
 aún floreciente cerezo. No

la delicada acacia, tampoco. Ni siquiera
   el nogal fantasma
con sus no-ramas de quien 
   cada sombra está en la memoria,
   memoria… Como me dijo

una vez. Todo esto es basura
   bajando por el río, ahora. Dando vueltas,
pero totalmente perdido 
   —porque estaba extraviado—:
   renunciando a todo otra vez.

Solo lo miró, 
   —Sólo tiene que buscar
cómo salir. Hay un arte
   para cada cosa. Incluso
   dándose la vuelta. Cómo

con el tiempo, incluso el hambre
   puede convertirse en un espacio
para vivir. Cómo convirtieron
   la picaresca en algo
   hermoso, durante el tiempo que pudieron.

Versión de Carlos Alcorta





De Carl Phillips y su libro 'Speak Low'

Es como si la oscuridad, que había sido antes
apenas contexto, diese a la vulnerabilidad
un permiso, casi: carnosos platos de
crema derramados, tantos manojos de pergaminos
deshaciéndose; y ahora, por piezas, la delicada
máscara de una indiferencia que se ofrece radical
en contra de lo que, cada vez, parece
impensable, como inesperado, como cuando,

en el largo sueño de contracción, el mar
que al fin no es un mar, pero de qué otro modo
llamarlo, comienza de nuevo su movimiento, y
a pesar de cada empujón de la voluntad hacia adelante
hay algo noble —como decir,
algo solitario, además —es demasiado tarde.




Porcelain

 As when a long forgetfulness lifts suddenly, and what
 we’d forgotten—as we look at it squarely, then again
 refuse to look—is our own
                                             inconsequence, yes, it was
 mostly like that, sex as both an act of defacement and—
 as if the two were the same thing—votive offering,
 insofar as the leaves
                                      also were a kind of offering, or could
 at least be said to be, as they kept falling the way leaves
 do: volitionless, from different heights, and in the one direction. 





Aubade: Some Peaches, After Storm

 So that each
 is its own, now--each has fallen, blond stillness.
 Closer, above them,
 the damselflies pass as they would over water,
  if the fruit were water,
 or as bees would, if they weren’t
 somewhere else, had the fruit found
 already a point more steep
 in rot, as soon it must, if
 none shall lift it from the grass whose damp only
  softens further those parts where flesh
 goes soft.

 There are those 
   whom no amount of patience looks likely 
   to improve ever , I always said, meaning
 gift is random,
  assigned here,
  here withheld--almost always
 correctly
 as it’s turned out: how your hands clear
 easily the wreckage;
 how you stand--like a building for a time condemned,
 then deemed historic.  Yes.  You
 will be saved. 




Leda, After the Swan

Perhaps,
in the exaggerated grace
of his weight
settling,

the wings
raised, held in
strike-or-embrace
position,

recognized
something more
than swan, I can't say.

There was just
this barely defined
shoulder, whose feathers
came away in my hands,

and the bit of world
left beyond it, coming down

to the heat-crippled field,

ravens the precise color of
sorrow in good light, neither
black nor blue, like fallen
stitches upon it,

and the hour forever,
it seemed, half-stepping
its way elsewhere--

then
everything, I
remember, began
happening more quickly.








RON PRETTY [14.152] Poeta de Australia

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Ron Pretty

Ron Pretty es un poeta australiano, editor y profesor. Nacido en1940

Ha sido profesor de escritura en la Universidad de Wollongong y la Universidad de Melbourne, así como en las escuelas, colegios y una amplia variedad de organizaciones de la comunidad. Fue mentor de muchos poetas australianos. Editó la revistas Scarp: Nuevas Artes y Escritura y Blue Dog:. Poesía de Australia

Ron Pretty fue fundamental en el establecimiento de la Fundación Australia Poesía. Fue galardonado con el Premio de NSW Premier de Poesía y fue nombrado miembro de la Orden de Australia por sus servicios a la literatura de Australia. 

Bibliografía 

POESÍA

The Habit of Balance. Five Islands Press 1988
Bald Hill with Gliders. Five Islands Press 1991
Halfway to Eden. Hale & Ironmonger 1996
Of the Stone: New and Selected Poems. Five Islands Press 2000
Where the Heart Is. Picaro Press 2009
Postcards from the Centre. Profile Poetry 2010
Grace Notes and other poems. PIcaro Press 2012
What the Afternoon Knows. Pitt Street Poetry 2013

NON FICTION

Creating Poetry. Five Islands Press 1987, 2001
Nicole: another chance at life. (with Kaye Bowden). Five Islands Press 1993
Practical Poetics. Five Islands Press 2003

como EDITOR

Outlook: an anthology of poems for senior students. Longman Cheshire 1992
Anthology of the Illawarra. Five Islands Press 1994
Cry Out! An anthology of street poetry (with Ann Davis). Five Islands Press 1996
The Argument from Desire: the 1999 Newcastle Prize Anthology. Five Islands Press 1999
Blue Like Tea: an anthology of poems from the Wollongong workshop . Five Islands Press 2000
Wild About the Roof. Wollongong Poetry Workshop 2001
Poems for all Occasions. Five Islands Press 2002
Two Spaces of Poetry: poems from Australia & West Bengal 2006
The Road South: an anthology of contemporary Australian poetry. Kolkata: Bengal Creations 2007


COMETA

Sombras vespertinas. Afuera en la pradera
un niño solitario con su cometa, una estrella en el cielo a la luz del día:
la arqueada cuerda de los sueños presiona contra
Will, que no la deja en libertad. Esta es su ciudad,

su  kelpie negro baila a su alrededor, sus compañeros
esperan en la parada del autobús, con botes de spray
listos para marcar su territorio. Will no tiene ninguna prisa,
los virajes del cometa y los descensos en picado en el aire

como un halcón que retorna a su brazo al anochecer.
No quiere volver a casa; sabe que su madre está fuera,
haciendo realidad su última fantasía. Cuando sale la luna,
el cometa de Will cabecea, y sólo

sombras de su sueño le guían, confinado, como
un halcón enjaulado, en calles acordonadas y sin salida.

Versión de Carlos Alcorta



Respect

And then there's Steve, black sheep of the everyday,
who would not change his life for any other.
He loves his room at the Albert Clarke Hostel,
would not swap for any poncey house or bungalow
in which some wanker family lives.

He had that once, and kids now scattered who
never visit. That's fine by him. His profile's
not on Facebook, only on police files state to state
for nothing much, he says, just a bit of dealing pot,
a fight or two, or telling the fuzz to get fucked
whenever they try to take him down.

Stopped for drunken driving in an unregistered car
and ordered out, he smiles, 'Say please!''Get out
the car,' the cop repeats. He refuses, repeats
his own demand, and finds himself in cuffs
and bruised in the back of a van. All he wants
from life, he says, is stitched in scars on face
and body – from cops or mates whose women
he steals, the freaks he sells his deals to or the pricks
who threw him off the train for being off his face.

But for all his stays in Long Bay gaol, those
psychotic episodes on pot or ice or horse,
he loves his mum as only a prodigal can,
and she loves him for his tinder arms and frail legs,
the wheezing breath in his pigeon chest.
She just wishes he'd remain a slurred voice
on the other end of the phone. She loves
his loyalty, his feverish affection, but is always
terrified he'll visit – with his beard reaching to his chest,
the tats on arms and scars on face and body,
whenever he arrives, he cuts a fearsome figure
in the quiet country town she lives in.

For forty years the cops have beaten him
to pulp for one crime or another;
but now they seldom raid the hostel
where he holds court, perhaps expecting
- hoping – someday soon will be his last.

But Steven skin-and-bones has no regrets
and fewer wants: he has some pot to deal
and every now and then a woman to take to bed
by his blazing drug-fueled eyes. The others in the hostel
tread warily around him for a fuse so short,
a carelessness of consequence that none there now
would care to cross him. At last he has the only thing
he's ever craved or fought for in this life.






DAVID BROMIGE [14.153]

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David Bromige

Nacido en 1933 en Londres, de familia canadiense. Infancia en el Londres de la guerra (casi muere junto con su familia en los bombardeos de 1942); se trasladan a Canadá, Vancouver, e inicia sus estudios en la universidad de la British Columbia; de allí a California, San Francisco y Berkeley en cuya universidad completa su formación. Muy vinculado a los poetas de ámbito californiano en los 50-60: Duncan, Creeley, Dorn, más tarde Watten, Silliman, etc. Ha sido profesor de literatura inglesa en la universidad estatal del condado de Sonoma desde 1970 y vivido en la cercana localidad de Sebastopol hasta su fallecimiento el 3 de junio de 2009.

A menudo asociado con la poesía Idioma. Obtuvo una licenciatura de la Universidad de British Columbia en 1962 y estudió una maestría y un doctorado de la Universidad de California, Berkeley. 

Bromige enseñó en la Universidad Estatal de Sonoma en California por 23 años y fue profesor emérito en el momento de su muerte. Fue aclamado por Carolyn Jones en el San Francisco Chronicle como "mentor de cientos de jóvenes poetas ... conocido por su espíritu generoso y sintaxis impecable." El poeta DA Powell ha descrito la poesía de Bromige como "lleno de paradojas y consultas tranquilas en lo cognitivo dominio de la lengua ".

Libros publicados:

The Gathering, 1965. Please, Like Me, 1968. The Ends of the Earth, 1968.The Quivering Roadway, 1969. Threads, 1970. Three Stories, 1973. Ten Years in the Making, Selected Poems, Songs & Stories, 1961–1970,1974. Tight Corners & What’s Around Them (Being the Brief & Endless Adventures of some Pronouns in the Sentences of 1972-1973), 1974. Out of My Hands, 1976. Spells and Blessings, 1975.Credences of Winter, 1976. Six of One, Half a Dozen of the Other, 1976. My Poetry. 1980. P-E-A-C-E, 1981. In the Uneven Steps of Hung-Chow, 1982. It’s the Same Only Different / The Melancholy Owed Categories, 1984. You See (with Opal Nations), 1986. Red Hats, 1986.Desire: Selected Poems, 1963–1987, 1988. .Men, Women & Vehicles: Prose Works,1990.  Tiny Courts in a world without scales, 1991.They Ate,1992. Romantic Traceries,1993.The Harbormaster of Hong Kong, 1993. A Cast of Tens, 1994. Vulnerable Bundles, 1995. Piccolo Mondo, 1998. Authenticizing, 2000. As in T as in Tether, 2002. 


Aún ahí

La noche misteriosa y cálida.
Su ancho cielo ahora estrellado.
La gente desparramada en grupos sueltos

sus voces apagadas pero audibles
¿qué dicen? Esas constelaciones
indinstinguibles desde donde nos sentamos.

Un viento leve murmura entre cipreses
dispuestos para que regrese.
Las distancias entre los setos

son avena que rayos de sol lentos abandonan.
Lo que desconocemos. Acaba,
llegan otros a ver cuanto vemos.

Esas estrellas soy yo,
esos sonidos. Lágrimas las difuminan,
las acercan a un campo de puntos.



Persona

Me apetece tumbarme entre los setos
con un rifle y liquidar
a los extraños que pasan en coche.
Quién me conoce, de verdad.
Todo es acto. Pero ocultamente
alguien está vivo aquí,
alguien a quien me gustaría presentarte.



Still There
 
The night mysterious with heat. 
Its sky huge now with stars.
The people sprawled in ragged groups 

their voices quiet yet audible,
what do they say? These constellations 
are indistinguishable from where we sit. 

A slight wind murmurs in the cypresses 
set there to turn it back.
The distances among the clusters

are wildoat grass the sun's rays slowly leave. 
What do we know. It ceases,
others come to see as much as we. 

Those stars are me,
these sounds. Tears blur
& bring them to a field of points.




Person
 
I want to lie in the greasewood 
with a rifle & pick off 
strangers that pass in cars. 
Who knows me, really.
It's all an act. But secretly 
someone is alive in here, 
someone 1 want you to meet.



David Bromige, Desire. Selected poems 1963-1987, Black Sparrow, Santa Barbara, 1988, pp. 97 y 121.
Traducido por Fco. Javier de la Iglesia
http://indolenciasdejavier.blogspot.com.es/


JEFFREY W. HARRISON [14.155] Poeta de Estados Unidos

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Jeffrey W. Harrison 

(Nació en Cincinnati, Ohio, en 1957), es un poeta  americano. Sus poemas han aparecido en periódicos y revistas literarias, incluyendo The New Republic, The New Yorker, The Paris Review, Poesía, El Yale Review, Poetas del Nuevo Siglo. Ha sido profesor en la Universidad George Washington, de la Academia Phillips, y Colegio de la Santa Cruz. En la actualidad es miembro de la facultad del Programa MFA Stonecoast en la Universidad del Sur de Maine. Vive en Dover, Massachusetts. 

Poesía:

The Names of Things: New and Selected Poems. Dufour Eds. June 2006. ISBN 978-1-904130-20-8 
Incomplete Knowledge . Four Way Books . October 2006. ISBN 978-1-884800-73-3 
An Undertaking . Haven Street Press. January 2005. ISBN 978-0-9767012-1-7 
Feeding the Fire . Sarabande Books . November 2001. ISBN 978-1-889330-64-8 
Signs of Arrival . Copper Beech Press. October 1996. ISBN 978-0-914278-71-9 
The Singing Underneath . EP Dutton. May 1988. ISBN 978-0-525-24640-4 

Honores y premios:

The Singing Underneath selected by James Merrill for the National Poetry Series,
1999 Guggenheim Fellowship 
1995 Ingram Merrill Foundation Fellowship
National Endowment for the Arts
two Pushcart Prizes
1988-1989 Amy Lowell Poetry Travelling Scholarship
Lavan Younger Poets Award from the Academy of American Poets.
Reflection on the Vietnam War Memorial



SUFICIENTE

 Es un regalo, esta mañana despejada de Noviembre
 sobradamente calurosa para que puedas caminar sin chaqueta
 a través de tu sendero favorito. El rítmico chapoteo
 de tus pies pisando las hojas caídas sería
 suficiente para tranquilizar la mente, por eso te sorprendes
 cuando te descubres contando de tus jefes
 las injusticias acumuladas durante diez años,
 todas las cosas que nunca dijiste dentro de tu círculo.

 Es la violencia del viento la que te saca de quicio,
 y miras hacia arriba para ver una nube de hojas
 arremolinadas en la luz del sol, trepidando contra el azul
 y alzándose por encima de las copas de los árboles, 
 como si el día entero estuviera suspirando. Déjalo, déjalo,
 por un instante al menos, déjalo todo irse.

 Versión de Carlos Alcorta




LISTENING TO VIRGINIA

(Virginia Leishman reading To the Lighthouse)

Driving around town doing errands,
I almost have to pull to the side of the road
because I can’t go on another minute without
seeing the words of some gorgeous passage
in the paperback I keep on the passenger seat…
but I resist that impulse and keep listening,
until it is almost Woolf herself sitting beside me
like some dear great aunt who happens to be a genius
telling me stories in a voice like sparkling waves
and following eddies of thought into the minds
of other people sitting around a dinner table
or strolling under the trees, pulling me along
in the current of her words like a twig riding a stream
around boulders and down foaming cascades,
getting drawn into a whirlpool of consciousness
and sucked under swirling into the thoughts of
someone else, swimming for a time among the reeds
and glinting minnows before breaking free
and popping back up to the surface only to discover
that in my engrossment I’ve overshot
the grocery store and have to turn around,
and even after I’m settled in the parking lot
I can’t stop but sit there with the car idling
because now she is going over it all again
though differently this time, with new details
or from inside the mind of someone else,
as if each person were a hive, with its own
murmurs and stirrings, that we visit like bees,
haunting its dark compartments, but reaching
only so far, never to the very heart, the queen’s
chamber where the deepest secrets are stored
(and only there to truly know another person),
though the vibrations and the dance of the worker bees
tell us something, give us something we can take
with us as we fly back out into honeyed daylight.

From Into Daylight (Tupelo Press, 2014).





FOR CLARE

I saw a brown shape in the unmown grass,
half-hidden in a tuft, and crouching down
to get a closer look, I found a young rabbit,
no bigger than my hand, trembling there
in its makeshift nest. And I thought of John Clare:
this was one of his creatures in my own yard,
pressed close to the earth, timid and alone,
almost a visitation from the “bard
of the fallow field and the green meadow,”
who loved the things of nature for what they are.
It didn’t run away when I parted the grass
and stroked its soft fur, but quivered in fear,
the arteries in its small translucent ears
glowing red, its dark eyes wide. I thought
of keeping it, at least for a few days,
feeding it bread and lettuce, giving it water
from an eye dropper. Then it did run away
in little bounds to the edge of the woods,
and into the woods. I thought again of Clare,
how, after he escaped from the asylum,
he walked almost a hundred miles home,
lost, delusional, beyond anyone’s care,
waking soaked in a ditch beside the road,
so hungry that he fed himself on grass.

From Into Daylight (Tupelo Press, 2014).





ENCOUNTER WITH JOHN MALKOVICH

When I spot him in Tower Records, two aisles over,
flipping through bins of discounted CDs
at their going-out-of-business sale, his shaven head
half-covered by the hood of his gray sweatshirt,

my first thought is I want to tell my brother,
but my brother is dead. And yet I watch him furtively,
searching for some Malkovichian quirk,
some tic that might make Andy laugh,

but he isn’t giving anything away
besides his slightly awkward stoop over the racks.
Then it comes to me that if I can’t tell my brother
about John Malkovich, I can tell John Malkovich

about my brother, and my heart starts pounding.
Normally, I don’t believe in pestering celebrities,
but there are exceptions: if Spalding Gray
walked in right now, I would definitely talk to him—

but that’s impossible, since he, like my brother,
though under very different circumstances,
killed himself. But John Malkovich is alive
and standing right over there, and my mind

is racing ahead to the two of us leaving
the record store together, then having coffee
at a nearby diner, where I am already
telling him how my brother was obsessed

with the movie of Sam Shepard’s True West
and especially with him, John Malkovich,
playing Lee, the older of two brothers;
how Andy, who was my older brother,

loved to imitate Malkovich, or rather Lee,
everything from his small off-kilter mannerisms
to his most feral outbursts—but even then
he’d be smiling, unable to hide his delight;

and how, every Christmas, he brought the video
to our parents’ house in Ohio, and our parents
would groan when they walked through the room,
and sigh, “Not this again,” or call it

“the most unChristmassy movie ever made.”
Which is probably true. But for us—him and me,
our other brother and our sister, but especially him—
you’d have to say it was our It’s a Wonderful Life.

And I have to tell him how Andy used to cue the tape up
and ask, “Can we just watch this one scene before—”
before whatever it was we were about to do,
go out for dinner or visit our demented grandmother,

and we’d watch him, John Malkovich, standing on a chair
shouting pronouncements, or destroying a typewriter
with a golf club, and we’d go off laughing and exhilarated
to our appointed errand, his inflections ringing in our ears. . . .

But now it’s something about the way he thoughtfully
considers his purchases, shuffling through them,
then putting one back, reconsidering, his hand
hesitating over the bins, that somehow reminds me

of Andy, and makes me certain Malkovich
would be interested in him, a sympathetic character
if there ever was one: funny, gentle,
a lover of dogs and kids (who had neither),

with an odd sense of humor and some mostly unobtrusive
symptoms of obsessive compulsive disorder,
who, like Lee, but to a much lesser degree (or so
we thought), had trouble placing himself in the world—

a part I’m certain Malkovich could play,
all of it coming full circle, Malkovich
playing Andy playing Malkovich playing Lee,
or just Malkovich playing Andy, bringing him

back to life, the way Lee suddenly springs
back up at the end of the movie, alive
after all, menacing as death, the phone cord
still wrapped around his neck. . . .

It turns out that John Malkovich and I
do leave the store together: we check out
at the same time, two registers apart,
then head for the door, the moment coming

to a peak for me as I realize my last chance
is about to slip away. But Malkovich, in front of me,
has to wait there while a stream of people coming in
briefly blocks his exit, and I watch, in profile,

his flurry of impatient blinking—or is it a display
of exaggerated patience?—each blink counting off the seconds
he is forced to wait, or the number of customers
going by him, not recognizing him, it seems to me,

though his hood is down by now. And I think,
this is it, this little fit of blinking is the thing
Andy would delight in most, the one detail
he would rewind the tape to see again.

From Into Daylight (Tupelo Press, 2014).





VISION

I just got back from the eye doctor, who told me
I need bifocals. She put those drops in my eyes
that dilate the pupils, so everything has
that vaseline-on-the-lens glow around it,
and the page I’m writing on is blurred
and blinding, even with these sunglasses.
I’m waiting for the “reversing drops” to kick in
(sounds like something from Alice in Wonderland),
but meanwhile I like the way our golden retriever
looks more golden than ever, the way the black-eyed
Susans seem to break out of their contours, dilating
into some semi-visionary version of themselves,
and even the mail truck emanates a white light
as if it might be delivering news so good
I can’t even imagine it. Of course it’s just bills,
catalogues, and an issue of Time magazine
full of pictures of a flooded New Orleans
that I have to hold at arm’s length to make out:
a twisted old woman sprouting plastic tubes
lies with others on an airport conveyor belt
like unclaimed luggage, and there’s a woman feeding
her dog on an overpass as a body floats below.
Maybe we need some kind of bifocals
to take it all in—the darkness and the light,
our own lives and the lives of others, suffering
and joy, if it is out there—or something more
like the compound eyes of these crimson dragonflies
patrolling the yard, each lens focused on some
different facet of reality, and linked to a separate
part of the brain. We would probably go crazy.
In my own eyes with their single, flawed lenses,
the drops have almost worn off now, and my pupils
are narrowing down, adjusting themselves
to their diminished vision of the world.

From Into Daylight (Tupelo Press, 2014).





THE DAY YOU LOOKED UPON
ME AS A STRANGER,

I had left you at the gate to buy a newspaper
and on my way back stopped at a bank of monitors
to check the status of our flight to London.

That was when you noticed a middle-aged man
in a brown jacket and the green short-brimmed cap
I’d bought for the trip. It wasn’t until I turned

and walked toward you that you saw him as me.
What a nice-looking man, you told me you’d thought—
maybe European, with that unusual cap…

somebody, you said, you might want to meet.
We both laughed. And it aroused my vanity
that you had been attracted to me afresh,

with no baggage. A kind of affirmation.
But doubt seeped into that crevice of time
when you had looked upon me as a stranger,

and I wondered if you’d pictured him
as someone more intriguing than I could be
after decades of marriage, all my foibles known.

Did you have one of those under-the-radar daydreams
of meeting him, hitting it off, and getting
on a plane together? In those few moments,

did you imagine a whole life with him?
And were you disappointed, or glad, to find
it was only the life you already had?

From Into Daylight (Tupelo Press, 2014).





CROSS-FERTILIZATION

It’s come to this: I’m helping flowers have sex,
crouching down on one knee to insert
a Q-tip into one freckled foxglove bell
after another, without any clue
as to what I’m doing—which, come to think of it,
is always true the first time with sex.
And soon Randy Newman’s early song
“Maybe I’m Doing it Wrong” is running
through my head as I fumble and probe,
golden pollen tumbling off the swab.

I transported these foxgloves from upstate New York,
where they grow wild, to our back yard
in Massachusetts, and I want them to multiply,
but the bumblebees, their main pollinators,
haven’t found them, and I’m not waiting around.
The only diagram I found online portrayed
a flower in cross section, the stamens extending
the loaded anthers toward the flared opening,
but the text explained, “The female sexual
organs are hidden.” Of course they are.

Which leaves me in the dark, transported back
to a state of awkward if ardent
unenlightenment, a complete beginner
figuring it out as I go along,
giggling a little and humming an old song
as I stick the Q-tip into another flower
as if to light the pilot of a gas stove
with a kitchen match, leaning in to listen for
the small quick gasp that comes
when the flame makes contact with the source.

From Into Daylight (Tupelo Press, 2014).





OUR OTHER SISTER

for Ellen

The cruelest thing I did to my younger sister
wasn’t shooting a homemade blowdart into her knee,
where it dangled for a breathless second

before dropping off, but telling her we had
another, older sister who’d gone away.
What my motives were I can’t recall: a whim,

or was it some need of mine to toy with loss,
to probe the ache of imaginary wounds? 
But that first sentence was like a strand of DNA

that replicated itself in coiling lies
when my sister began asking her desperate questions.
I called our older sister Isabel

and gave her hazel eyes and long blonde hair.
I had her run away to California
where she took drugs and made hippie jewelry.

Before I knew it, she’d moved to Santa Fe 
and opened a shop. She sent a postcard
every year or so, but she’d stopped calling.

I can still see my younger sister staring at me,
her eyes widening with desolation
then filling with tears. I can still remember

how thrilled and horrified I was
that something I’d just made up 
had that kind of power, and I can still feel

the blowdart of remorse stabbing me in the heart
as I rushed to tell her none of it was true.
But it was too late. Our other sister

had already taken shape, and we could not
call her back from her life far away
or tell her how badly we missed her.

From Feeding the Fire (Sarabande Books, 2001).




MEDUSA

(New England Aquarium)

Like fireworks, but alive,
a nebula exploding
over and over in a liquid sky,
this undulant soft bell
of jellyfish glowing orange
and trailing a baroque
mane of streamers, so
exquisite in its fluid
movements you can’t pull
your body away, this lucent
smooth sexual organ
ruffled underneath
like a swimming orchid,
offers you a second-
hand ecstasy, saying
you can only get
this close by being
separate, you can only
see this clearly 
through a wall of glass, 
only imagine
what it might be like
to succumb to something
beyond yourself, 
becoming nothing 
but that pulsing,
your whole being reduced
to the medusa,
tentacled tresses flowing
entangled in a slow-motion
whiplash of rapture—
while you stand there,
an onlooker
turning to stone.

From Feeding the Fire (Sarabande Books, 2001).




FORK

Because on the first day of class you said,
“In ten years most of you won’t be writing,”
barely hiding that you hoped it would be true;
because you told me over and over, in front of the class,
that I was “hopeless,” that I was wasting my time
but more importantly yours, that I just didn’t get it;
because you violently scratched out every other word,
scrawled “Awk” and “Eek” in the margins
as if you were some exotic bird,
then highlighted your own remarks in pink;
because you made us proofread the galleys
of your how-I-became-a-famous-writer memoir;
because you wanted disciples, and got them,
and hated me for not becoming one;
because you were beautiful and knew it, and used it,
making wide come-fuck-me eyes
at your readers from the jackets of your books;
because when, at the end of the semester,
you grudgingly had the class over for dinner
at your over-decorated pseudo-Colonial
full of photographs with you at the center,
you served us take-out pizza on plastic plates
but had us eat it with your good silver;
and because a perverse inspiration rippled through me,

I stole a fork, slipping it into the pocket of my jeans,
then hummed with inward glee the rest of the evening
to feel its sharp tines pressing against my thigh
as we sat around you in your dark paneled study
listening to you blather on about your latest prize.
The fork was my prize. I practically sprinted
back to my dorm room, where I examined it:
a ridiculously ornate pattern, with vegetal swirls
and the curvaceous initials of one of your ancestors,
its flamboyance perfectly suited to your
red-lipsticked and silk-scarved ostentation.

That summer, after graduation, I flew to Europe,
stuffing the fork into one of the outer pouches
of my backpack. On a Eurail pass I covered ground
as only the young can, sleeping in youth hostels,
train stations, even once in the Luxembourg Gardens.
I’m sure you remember the snapshots you received
anonymously, each featuring your fork
at some celebrated European location: your fork
held at arm’s length with the Eiffel Tower 
listing in the background; your fork 
in the meaty hand of a smiling Beefeater;
your fork balanced on Keats’s grave in Rome
or sprouting like an antenna from Brunelleschi’s dome;
your fork dwarfing the Matterhorn. 
I mailed the photos one by one—if possible
with the authenticating postmark of the city
where I took them. It was my mission that summer.

That was half my life ago. But all these years
I’ve kept the fork, through dozens of moves
and changes—always in the same desk drawer
among my pens and pencils, its sharp points
spurring me on. It became a talisman
whose tarnished aura had as much to do
with me as you. You might even say your fork
made me a writer. Not you, your fork.
You are still the worst teacher I ever had.
You should have been fired but instead got tenure.
As for the fork, just yesterday my daughter
asked me why I keep a fork in my desk drawer,
and I realized I don’t need it any more.
It has served its purpose. Therefore 
I am returning it to you with this letter.

From Incomplete Knowledge (Four Way Books, 2006).




From AN UNDERTAKING

6. His Socks

Starting with the tumulus
on the floor beside his dresser,
clean but not yet put away
(now never to be put away),
a cairn of soft rocks
at least two feet high,
though many of them were not
balled up into pairs
but loose, or tied to their mates.
There were more in the dresser,
more on the closet shelves,
nests of them, like litters
of some small mammal, sleeping—
or dead, like the litter
of newborn rabbits that froze
when we were kids.
We buried them in a shoebox.
In every box my father
and I went through, no matter
what it contained—old papers,
framed photos, cassette tapes—
there would always be
at least a few more pairs,
and the one who found them
would call to the other,
“More socks,” in sad amazement,
or exasperated bafflement,
because, for the life of us,
we couldn’t find an explanation.
And what might have seemed
one of his endearing foibles
we couldn’t keep from seeing
as some dark obsession,
one more thing about him
we hadn’t known, would never
understand. Who could need
so many socks? Nylon dress socks, 
gym socks of white cotton, 
gray wool hunting socks 
with an orange band on top, 
even a few, from deep 
in a trunk, with name tags 
our mother had sewn in 
decades ago. Enough socks
for several lifetimes,
though his one life was over.
Socks whose heels were worn 
to a tenuous mesh, others 
in their original packaging,
but most somewhere between.
If I’d taken them all I never
would have had to buy 
another pair, no matter 
how long I lived. But I 
kept thinking of his feet 
and how those socks would 
never warm them again.
I took only a few pairs—
loose-fitting cotton, gray—
to wear to bed on cold nights,
my own feet sheathed
in the contours of his.

From Incomplete Knowledge (Four Way Books, 2006).




VISITATION

for my mother

Walking past the open window, she is surprised 
by the song of the white-throated sparrow
and stops to listen. She has been thinking of
the dead ones she loves—her father who lived
over a century, and her oldest son, suddenly gone
at forty-seven—and she can’t help thinking
she has called them back, that they are calling her
in the voices of these birds passing through Ohio
on their spring migration . . . because, after years
of summers in upstate New York, the white-throat 
has become something like the family bird.
Her father used to stop whatever he was doing 
and point out its clear, whistling song. She hears it 
again: “Poor Sam Peabody Peabody Peabody.”
She tries not to think, “Poor Andy,” but she
has already thought it, and now she is weeping.
But then she hears another, so clear, it’s as if 
the bird were in the room with her, or in her head, 
telling her that everything will be all right.
She cannot see them from her second-story window—
they are hidden in the new leaves of the old maple, 
or behind the white blossoms of the dogwood—
but she stands and listens, knowing they will stay
for only a few days before moving on.

From Incomplete Knowledge (Four Way Books, 2006).




THE NAMES OF THINGS

Just after breakfast and still
waking up, I take the path cut
through the meadow, my mind caught
in some rudimentary stage,
the stems of timothy bending
inward with the weight of a single
drop of condensed fog clinging
to each of their fuzzy heads
that brush wetly against my jeans.
Out on a rise, the lupines stand
like a choir singing their purples,
pinks and whites to the buttercups
spread thickly through the grasses—
and to the sparser daisies, orange
hawkweed, pink and white clover,
purple vetch, butter-and-eggs.
It’s a pleasure to name things
as long as one doesn’t get
hung up about it. A pleasure, too,
to pick up the dirt road and listen
to my sneakers soaked with dew
scrunching on the damp pinkish sand—
that must be feldspar, an element
of granite, I remember from
fifth grade. I don’t know what
this black salamander with yellow spots
is called—I want to say yellow-
spotted salamander, as if names
innocently sprang from things
themselves. Purple columbines
nod in a ditch, escapees
from someone’s garden. It isn’t
until I’m on my way back
that they remind me of the school
shootings in Colorado,
the association clinging to the spurs
of their delicate, complex blooms.
And I remember the hawk
in hawkweed, and that it’s also
called devil’s paintbrush, and how
lupines are named after wolves . . .
how like second thoughts the darker
world encroaches even on these
fields protected as a sanctuary,
something ulterior always
creeping in like seeds carried
in the excrement of these buoyant
goldfinches, whose yellow bodies
are as bright as joy itself, 
but whose species name in Latin
means “sorrowful.”

From Incomplete Knowledge (Four Way Books, 2006).





JASON SCHNEIDERMAN [14.156] Poeta de Estados Unidos

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Jason Schneiderman 

(nacido en 1976) es un poeta americano.
Se graduó de la Universidad de Maryland, y NYU con un MFA. Fue profesor en el Hunter College, y en la Universidad de Hofstra.
Su trabajo ha aparecido en América Poetry Review, Bloom, Corte Verde, Grand Street, Rattapallax, Tin House y Virginia Quarterly Review . 

Vive en la ciudad de Nueva York con su pareja, Michael Broder. 

Premios

The Fine Arts Work Center Fellowships
Bread Loaf Writers' Conference Fellowships
Yaddo Fellowships
2004 Writer Magazine/Emily Dickinson Award

Obras 

"Charlie Brown in a Well"; "A Story about Nutrition"; "Hydration", La Petite Zine
"Oracular", Starting Today: Poems for the First 100 Days
"Fertile: Sterile:: My Father: Me", American Poetry Review
"Jokes About Nuns", American Poetry Review
"Buffy's Sestina", McSweeney's
"The Other Side", Prairie Schooner , Winter 2008
"Sublimation Point", Poetry foundation
"Elegy for Lee", 42 Opus
Sublimation Point . Four Way Books. 2004. ISBN 978-1-884800-61-0 .
Striking Surface . Ashland Poetry Press. 2010. ISBN 0-912592-70-2 .



FUMAR ES ADICTIVO

es sorprendente cómo la muerte
está siempre a la vuelta de la esquina,
o ni siquiera tan lejos
como eso, escondida en esos pequeños placeres
por los que algunos de nosotros llegaríamos
tan lejos como para decir
que son los únicos
que nos mantienen vivos

VERSIÓN DE CARLOS ALCORTA







Sublimation Point

for M.B.

The answer is entropy—how smell works—
little bits of everything—always spinning
off from where they were—flying off at random   
into the world—which is to say into air.

There are other ways of solid to gas—
they’re substance specific, like iodine,   
or dry ice—how I felt when I saw you—
straight to a new state without passing   
through expected ones—as though enough   
of me left at the moment you appeared that   
I could never be whole without you—apply   
heat—I turn straight into ether.

“Sublimation Point” from Sublimation Point









DAVID KEPLINGER [14.157] Poeta de Estados Unidos

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David Keplinger 

Nació en 1968 en Filadelfia, EE.UU. y recibió su maestría en poesía de la Universidad Estatal de Pensilvania en 1994. Su último libro, THE CLEARING, fue finalista para el Premio the Green Rose. Su primer libro, The Rose Inside, fue elegido por María Oliver para el Premio 1999 TS Eliot. Ha sido galardonado con subvenciones y becas de la Fundación Nacional de las Artes (2003), el Consejo de las Artes de Pennsylvania (2000), la Academia de Poetas Americanos (1994), y el Fondo de la Fundación / Sociedad Abierta de Soros (1995-1997) . Sus poemas han aparecido recientemente en Poesía, Ploughshares, American Literary Quarterly, Guerrero Negro Review, Rosebud, Las Montañas Verdes Review, Prairie Schooner, Colorado Review, Gettysburg Review, Guerra Literatura y las Artes, Virginia Quarterly Review, examen de mitad de América, y otros , además de haber sido antologado en American Poetry: La nueva generación (Carnegie-Mellon, 2000). Desde 1995-1997 Keplinger vivió y enseñó en Frydek-Mistek, una pequeña ciudad industrial en la frontera oriental de la República Checa. Fue patrocinado por el Fondo para la Sociedad Abierta de Soros Fundación y la Universidad de Montana. Durante los últimos cinco años ha dirigido el programa de escritura creativa de pregrado en la Universidad del Estado de Colorado - Pueblo.





ONDA

Lincoln, despidiéndose de Springfield, 1861,
   sube al tren saludando: pero es poco convincente.
Para corregirlo, desliza su mano lejos
   de su rostro, como si la agitara, como si abrillantara
las nieves de la infancia de sus ojos.

El tren está llegando del este. En la ventana
   Lincoln mira su cara. Envejecerás
cuando llegues, le dice.
   Pero nunca llegará a edad muy avanzada. El tren
veloz como la onda de presión cortical

en el seno lateral izquierdo, digamos, que produce una bala
   en el cráneo. A continuación él hará su saludo.
Entonces les encantará. La eternidad se desacelerará, caerá
   como la nieve. A continuación, el tratado que con gran serenidad
él, su rostro agotado, debe firmar.

Versión de Carlos Alcorta





Elegy for the Precious Time Before Dinner

Along the fringe of the two known worlds 
Of field, of prison yard, 
Behind the house my mother and her sisters 
Live in, this was years ago.

We're all still there, itinerant 
As wind, the straits of corn 
And prison guards who pace their impossible promontories, 
And the small mouse just born into this world, 
Total as a thumb.

With her sisters who are dead my mother is a beauty 
Taking the spoon 
To beat the dog away from the pot, 
At which they all begin to laugh.

Little beetles with a kind of Viking armor 
I want to smash you, smash the spiders 
Atop their pagodas 
Like bad thoughts, 
Smash the crazy locust that won't abandon its post.

At the house the women happily 
Eye up the sauce about to boil. 
I am wearing my emblematic cape. 
I can fly at any moment if I want to, 
But I don't.

From THE CLEARING, 2005




Instructions for the Lost

Above the cellars 
Lined with preserves, 
In a foreign year, 
Its calendar girls 
Naked except for their parasols, 
You may find 
That you are lost. 
You may listen 
To the gurgle of the small 
Red chimneys 
Filling up with dark. 
Into that dark 
That sleeves 
The bare branches 
Like a heavy sack, 
A crow will disappear, children. 
Pay attention to the crow. 
The windpipe 
With its tiny rungs.

From THE CLEARING, 2005
















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